A premiação é entregue anualmente pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, por meio do IEF aos proprietários que se destacam na conservação do patrimônio natural. Foi instituído no ano 2000, pela Resolução nº 59.
Luiz Carlos de Sá, 55 anos, é produtor rural em Carangola, na Zona da Mata de Minas Gerais. Sua propriedade, a fazenda Darcet Batalha, possui 1.404 hectares utilizados principalmente para agropecuária.
Em sua fazenda, 378 hectares estão preservados, sendo que a área de reserva legal (306 hectares) está cercada e averbada no Cartório de Registro de Imóveis da Comarca de Tombos. Em 2005, a área foi transformada na Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Darcet Batalha.
O proprietário protegeu e cercou as 42 nascentes que existem no interior da área. Adota práticas de conservação do solo como a construção de cordões de contorno em nível usando tração animal e caixas de acumulação de água da chuva.
O produtor participa ativamente de programas de educação ambiental na região, estimulando a capacitação de seus funcionários e a utilização sustentável dos recursos naturais da fazenda.
Na sede da Fazenda, existe uma escola para alunos de 1ª a 4ª série para filhos de funcionários da fazenda e do entorno. Com aulas em tempo integral, a escola possui um currículo que inclui disciplinas específicas para a atividade rural, com ênfase no uso sustentável dos recursos naturais.
Luiz Carlos apoiou ainda a realização do I Fórum Regional de Educação Ambiental, realizado em 2006, em Carangola, evento que debateu a recomposição das áreas de conectividade entre o Parque Estaduais da Serra do Brigadeiro e o Parque Nacional do Caparaó.
José Nogueira Duarte, 73 anos, tem uma propriedade de 700 hectares em São José da Varginha, região centro-norte do Estado. Do total da propriedade, 140 hectares são área de reserva legal averbada no Cartório de Registro de Imóveis da Comarca de Pará de Minas. Na propriedade são desenvolvidas atividades agrossilvipastoris como criação de gado e frangos, cultivo de hortaliças, milho e cana.
Para conservação do solo, o proprietário tem usado curvas de nível associado às chamadas pequenas barragens que contêm a erosão e armazenam a água das chuvas. Atualmente, existem na propriedade cerca de 40 barragens, construídas com orientação técnica da Emater.
Para conservação da água, José Duarte também vem implantando em suas lavouras um sistema de irrigação por gotejamento. As áreas de preservação permanente da propriedade, especialmente as matas de topo, estão preservadas, conservando a água e o solo.
O produtor estimula a execução de atividades de educação ambiental na região, tendo realizado, em janeiro, um ‘Dia de Campo’ em sua propriedade, demonstrando técnicas de plantio sem agressão ao solo.
