Parque Estadual da Serra do Brigadeiro - IEF
Parque Estadual da Serra do Brigadeiro
Artigo
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Portaria | Vista parcial do Parque | Mono carvoeiro | ||
Trilha | Pedra do Pato | O Ermida |
Dados Gerais:
- Municípios de abrangência: Araponga, Divino, Ervália, Fervedouro, Miradouro, Muriaé, Pedra Bonita, Sericita.
- Bioma – Mata Atlântica com campos de Altitude
- Área: 14.984 ha
- Criação: 27 de setembro de 1996, através do Decreto Nº 38.319
O Parque é uma das mais importantes reservas naturais de Minas Gerais, ocupando o extremo norte da Serra da Mantiqueira, entre os vales do Carangola, Glória e Rio Doce.
A Serra do Brigadeiro possui inúmeras nascentes, que contribuem de maneira significativa para a formação de duas importantes bacias hidrográficas do Estado: a do Rio Doce e a do Paraíba do Sul.
Caracterizado pela Floresta Atlântica de Encosta e por Campos de Altitude, o Parque possui importância vital na preservação destes dois biomas. A Serra é considerada um paraíso botânico, por abrigar espécies raras e ainda não catalogadas pela ciência. No Parque existe uma neblina, que se mantém quase o ano todo encobrindo as serras e picos.
Os primeiros habitantes na Zona da Mata, onde se localiza o parque, foram os índios puris, coroados e coropós. Conhecida por diversos nomes ao longo do tempo, a serra do Brigadeiro era conhecida originalmente como serra dos Arrepiados, referindo-se, segundo versões diferentes, aos cabelos amarrados em forma de coque dos índios puris, ou ao frio das terras altas, que arrepiava a pele daqueles que por lá passavam.
Infraestrutura
O Parque possui as seguintes infraestruturas e equipamentos:
- Duas portarias;
- Centro de visitantes com exposição permanente da biodiversidade e cultura local, e auditório com capacidade para 60 pessoas;
- Sede administrativa;
- Centro de pesquisa com alojamento para 09 pesquisadores e espaço para laboratório;
- Casa de hóspedes;
- Trilhas sinalizadas parcialmente.
Horário de Funcionamento
Aberto para visitação de terça-feira a domingo no horário 8h às 17h.
Atividades pedagógicas serão recebidas de terça a sexta feiras (exceto feriados), sendo necessário agendamento.
Como Chegar
O acesso mais utilizado é pela cidade de Araponga. A estrada não é pavimentada e seu estado de conservação é regular.
O Parque fica a 290 km de Belo Horizonte, entre os municípios de Araponga e Fervedouro. Saindo de Belo Horizonte, seguir pela BR 040, no sentido do Rio de Janeiro, até a BR 356 (rodovia dos Inconfidentes), sentido Ouro Preto. Seguir pela MG 262 até o município de Ponte Nova e entrar na BR 120, sentido Viçosa. Em Viçosa, no trevo para Ubá, pegar o acesso para São Miguel do Anta e, depois, pela BR 482 até Araponga. Antes de chegar à cidade de Araponga virar à direita na Copasa. A partir daí, seguir por 11 km de estrada de terra até a Portaria Araponga do Parque. A partir de Viçosa, a estrada está bem sinalizada.
Outro acesso para o Parque, chegando pela Portaria Pedra do Pato, é pelo município de Fervedouro que fica a 27,7km. A estrada não é pavimentada.
Atenção: No período das chuvas as estradas de acesso ao Parque tornam-se escorregadias, sendo recomendável o uso de veículo com tração 4x4. Veículos maiores, como ônibus, poderão ter mais dificuldade de acesso ao Parque, dessa forma, sugerimos que venham com veículos menores (limite máximo micro-ônibus) pois a estrada de acesso é sinuosa, íngreme e estreita (alguns pontos só cabe um veículo por vez).
Não há transporte público de acesso à sede da Unidade. A melhor opção para o deslocamento de ônibus é até à comunidade de Bom Jesus do Madeira - município de Fervedouro - que está a aproximadamente 9 km do centro de visitantes ou deslocamento até a cidade de Araponga que está a aproximadamente a 11 km. A partir destes dois pontos, é possível contratar serviços de transporte particular para deslocamento até a Sede do Parque. Informações sobre horários das linhas de ônibus consultar as empresas responsáveis por essa prestação de serviço.
Contatos e Endereço
E-mail: pebrigadeiro@meioambiente.mg.gov.br
Fone: (32) 3721-7491
Endereço: Estrada Araponga, Fervedouro MGC 482 km 15, Zona Rural, Araponga, Minas Gerais, CEP: 36594-000.
Ingressos e Tarifas
Entrada gratuita.
Atrativos e Atividades
O parque possui diversos atrativos e trilhas:
Ermida Antônio Martins (20m): Situada a 700 m de distância da sede do Parque, a capela foi construída em 1908 e está localizada a 1.324 m de altitude. O trajeto até lá pode ser feito a pé ou de veículo. Grau de dificuldade: baixo.
Fazenda do Brigadeiro (1h30): Construído há 70 anos, no estilo neocolonial, o Casarão da Fazenda Brigadeiro tem aproximadamente 240 m de área construída e foi tombado pelo município de Araponga. O trajeto até a casa, de cerca de 30 km, a partir da sede do Parque, pode ser feito de carro.
Pico do Boné (3h30): Possui 1.870 m de altitude e está a 28 km da sede. De lá, avista-se o distrito de Bom Jesus do Madeira, a serra do Grama, a Pedra do Pato, o Pico do Soares, a Pedra Branca e o município de Araponga. O nome deste atrativo vem do formato da rocha, semelhante a um boné, dependendo da posição da qual se olha. O trajeto da sede até a trilha para a atração pode ser feito de carro, mas os 2,8 km restantes, somente a pé. A trilha é bastante íngreme e um guia do parque acompanha os visitantes. Grau de dificuldade: médio.
Pico do Cruzeiro (3h30): O pico possui 1.684 m de altitude e está a 30 km da sede. De lá, é possível avistar formas mamelonares, chamadas de “mares de morros” e que compõem o relevo da região. Ao norte, avista-se o Fervedouro; a oeste, a Pedra da Ararica; a leste, a vista para o Pico do Soares e ao sul, o município de Araponga. Até o início da trilha, o trajeto pode ser feito de carro. Nos três quilômetros restantes, deve ser feito a pé. O percurso é íngreme, escorregadio e exige bastante atenção. Grau de dificuldade: alto.
Pico do Grama (1h20): Possui 1.561 m de altitude e está a500m de distância da sede. De lá, a vista abrange a sede administrativa do parque, alguns municípios do entorno e os Picos do Boné e do Soares, além do Parque Nacional do Caparaó. É possível chegar ao cume percorrendo uma trilha de 800 m. Grau de dificuldade: médio Trilha autoguiada.
Pico do Itajuru (4h): Possui 1.585 m de altitude e está a 35 km da sede. O pico é um afloramento de rochas graníticas e, de lá, avista-se fazendas e a cadeia de serras. Em dias de bom tempo, é possível ver os municípios de Ervália e Muriaé. Até o início da trilha, o trajeto pode ser feito de carro. Nos 5 km restantes, deve ser feito a pé. Grau de dificuldade: alto.
Trilha do Carvão (4h): Possui 6,7 km de extensão e está a 8,3 km da sede. No percurso é possível avistar a vegetação de mata atlântica, sobretudo as plantas samambaiaçu. Também é possível ouvir canto de pássaros como a Araponga e o Trinca-ferro. Da trilha, divisa-se a serra das Cabeças. O trajeto da sede até a trilha pode ser feito de carro, mas a trilha é realizada somente a pé. Grau de dificuldade: baixo.
Trilha do Encontro (30m): Possui 400 m de extensão e está a 100 m de distância da sede. Caminhada na mata atlântica através de uma experiência de vivência corporal e de privação dos sentidos onde são explorados diversos tipos de interações, sensações, aromas e experiências. Grau de dificuldade: baixo.
Trilha da Lajinha (50m): Possui 500 m de extensão e está a100 m de distância da sede. Durante a caminhada, pode-se observar a biodiversidade da mata Atlântica. No final do percurso há um jardim de bromélias em uma laje de pedra. No período chuvoso, alguns trechos ficam muito escorregadios, por isso, necessitam de maior atenção durante a caminhada. Grau de dificuldade: baixo.
Trilha do Muriqui (50m): Possui 1,1 km de extensão e fica a 100 m de distância da sede. A trilha pode ser percorrida com propósito educativo, pois tem como tema a biodiversidade da mata Atlântica, com destaque para as plantas medicinais e outras espécies da flora e da fauna. Nesse passeio, o visitante poderá ver o muriqui. Grau de dificuldade: baixo. Trilha autoguiada
Trilha da Pedra do Cruzeiro (3h): Possui 3,3 km de extensão e está a 23,3 km da sede. É possível encontrar várias espécies da fauna como cobras, sapos e aves. A flora é representada por espécies como as árvores embaúba e quaresmeira; e por arbustos, como a canela de ema. A comunidade local costuma percorrer a trilha no dia de Corpus Christi para celebrações religiosas. O trajeto da sede até a trilha pode ser feito de carro, mas a trilha é realizada somente a pé. Grau de dificuldade: baixo.
Trilha da Pedra do Pato (3h20): A trilha até a atração possui 4, 3 km de extensão. Destes, 1,3 km entre a sede e o início da trilha pode ser feito de carro, e o restante apenas a pé. Parte da área percorrida encontra-se em processo de regeneração. A trilha é bastante íngreme, com trechos escorregadios. No final do percurso, há piscinas naturais e é possível contemplar também a Pedra do Pato, um dos pontos mais altos do parque, com 1.908 m de altitude. Grau de dificuldade: alto.
Trilha Laje do Ouro (1h30): Possui 2,7 km de extensão e está a 30 km da sede. Durante a caminhada, é possível ouvir o som dos afluentes do Córrego do Ouro e avistar a vegetação da mata atlântica. Também se vê os picos do Cruzeiro e do Soares. O trajeto da sede até a trilha pode ser feito de carro, mas a trilha é realizada somente a pé. Grau de dificuldade: baixo.
Orientações
Não há serviços de hospedagem e alimentação.
No Parque Estadual da Serra do Brigadeiro não há telefone público. Porém, a 800 metros do centro de visitantes (Ermida Antônio Martins) pode-se ter acesso à telefonia móvel (Vivo e Claro). Em alguns pontos também é possível ter acesso à internet. Porém, recomendamos desconectar-se do ambiente virtual e conectar-se com a natureza.
Plano de Manejo e Conselho
O plano de manejo do Parque Estadual Serra do Brigadeiro está disponível na Biblioteca SophiA do Sistema Estadual de meio Ambiente (Sisema).
A unidade possui conselho consultivo. Mais informações clique aqui.