Foto: Divulgação/Feam
IEF acompanha trabalho de recuperação de áreas atingidas pelo desastre de Mariana
O Instituto Estadual de Florestas (IEF) acompanha as ações desenvolvidas no âmbito do Projeto Vimver, realizado pela Fundação Renova em áreas impactadas pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana. Nos dias 30 e 31 de agosto, a diretora-geral do IEF, Maria Amélia Matos, visitou as áreas atingidas no Rio Gualaxo do Norte e, em Paracatu de Baixo, as áreas dos reassentamentos Novo Bento Rodrigues e Paracatu de Cima, além das áreas de recuperação ambiental de áreas de Preservação Permanentes (APPs) dos Rios do Carmo e Gualaxo do Norte.
As ações do Projeto Vimver procuram reparar, compensar e mitigar os danos causados pelo desastre de Fundão por meio de compromisso estabelecido em Termo de Transação e Ajustamento de Conduta (TTAC).
O volume de rejeitos percorreu uma grande área e se espalhou, demandando um desafio complexo, sem precedentes em termos de escala, tempo e conhecimento. A falta de água potável, a perda de casas, empresas, animais e plantações, bem como a suspensão da pesca, estão entre os principais danos diretos causados ao longo dos 670 quilômetros dos rios Doce e afluentes até alcançarem o mar. Ao todo, 39 municípios foram impactados. Nesses territórios estão sendo realizadas operações e os primeiros resultados dos esforços de mitigação que marcam a presença da Renova na região.
O acompanhamento das ações contou, além da diretora-geral do IEF, com a presença do diretor de Conservação e Recuperação de Ecossistemas, Cezar Cruz, da diretora de Proteção à Fauna, Adriana Spagnol e do gerente de Conservação e Restauração de Fauna Aquática e de Pesca, Leandro Guimarães.
Algumas das iniciativas acompanhadas ainda são projetos-piloto, outras estão em fases iniciais de implementação ou concluídas. Além de manejar os rejeitos e tratar as perdas causadas pelo rompimento de Fundão, todos os programas e projetos desenvolvidos na região afetada têm o propósito comum de contribuir para um legado perene de sustentabilidade para toda a região impactada. "Dentre os projetos-pilotos foi possível ver em campo as estruturas instaladas no leito do rio para o projeto de renaturalização que visa trazer o retorno da fauna aquática", disse a diretora de Proteção à Fauna do IEF, Adriana Spagnol.
O diretor Cezar Cruz destacou que a visita permitiu verificar o avanço dos trabalhos de recomposição das áreas de vegetação nativa e como vêm sendo conduzidos pela Fundação Renova, em especial na bacia do Rio Gualaxo do Norte, além de verificar o status dos trabalhos de construção dos novos assentamentos que receberão as comunidades afetadas de Bento Rodrigues e Paracatu de Baixo.
INDICADORES
Entre as ações desenvolvidas pelo projeto está também o monitoramento de 92 pontos do rio, em que 80 indicadores são avaliados, tais como: turbidez, fluxo, presença de metais, contaminação por bactérias e pesticidas, ao longo do Rio Doce e seus afluentes, que também foram afetados diretamente pelos rejeitos. O trabalho de proteção de nascentes é realizado em lotes para haver algumas nascentes na fase de proteção, enquanto outras entram na fase de implementação e assim por diante, até que todas as etapas sejam concluídas para as outras 5.000 nascentes. Até o momento, 511 nascentes foram protegidas e até o final deste ano, cerca de 1.000 nascentes chegarão a diferentes estágios do processo.
Outras ações envolvem a remodelação das margens de 114 afluentes dos rios Gualaxo do Norte e Carmo, que tiveram seus contornos desconfigurados com o acúmulo de lama. As planícies de inundações (espaço entre a margem e o ponto mais distante alcançado pelo rio em enchentes) também receberam atenção extra, com a reconstrução dos caminhos de drenagem e o restabelecimento da vegetação.
O Projeto prevê, dentre outras ações, a recuperação de elementos da arte sacra e a proteção de quatro capelas impactadas: Nossa Senhora das Mercês e São Bento, em Bento Rodrigues; Igreja de Santo Antônio, em Paracatu; e Nossa Senhora da Conceição, em Gesteira.
*Este conteúdo foi produzido durante o período de restrição eleitoral e publicado somente após a oficialização do término das eleições
Wilma Alves
Ascom/Sisema