Fotos: Viviane Lacerda
Servidores do IEF foram capacitados para identificar riscos e medidas de controle para otimizar resultados
Equipes gerenciais do Instituto Estadual de Florestas (IEF) tiveram a oportunidade de avaliar os processos produtivos de suas rotinas diárias durante treinamento realizado pela Controladoria Geral do Estado (CGE). A capacitação para identificação de riscos nos procedimentos realizados pelo Instituto e das medidas de controle para otimizar os resultados ocorreu na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte, nos dias 21 e 22 de agosto. o curso tem como objetivo promover uma melhoria nos processos praticados internamente pelos servidores públicos em geral, apresentando uma ferramenta que auxilie no aprimoramento das atividades, dos controles e nos resultados dos processos. A adoção dessas práticas ajuda os agentes públicos a tomarem decisões de forma mais assertiva, permitindo identificar claramente onde o órgão deve atuar, como alocar os recursos, além de ajudar na tomada de decisões.
O treinamento ocorreu dentro da pauta da reunião realizada mensalmente, na sede do IEF, com os supervisores das Unidades Regionais de Florestas e Biodiversidade (URFBio). Foram dois dias em que diretores, gerentes e gestores regionais puderam fazer um raio-x do trabalho. “O objetivo é analisar as rotinas diárias para identificação de pontos de atenção e de qualquer evento que afete negativamente o trabalho e o alcance de uma meta, de um resultado”, afirmou a chefe de gabinete do IEF, Elce Ribeiro.
Segundo ela, o que se busca é minimização desse risco para alcance de maior controle dos procedimentos e, consequentemente, ganho de eficiência e melhoria na gestão dos recursos públicos, sejam eles humanos, físicos ou financeiros, afirmou Elce.
A avaliação pode ser feita para toda a cadeia de serviços, procedimentos e processos do órgão, como explica Elce. “Em um processo de licitação, por exemplo, qual é o risco? Um deles é que, se os custos não forem avaliados adequadamente, o produto a ser licitado por sair por valores muito elevados, o que traz perdas financeiras para o poder público, o que não pode ocorrer”, afirma.
Outro ganho que a gestão de riscos pode gerar dentro do Instituto é na avaliação dos processos de atos autorizativos. No caso das análises dos processos referentes ao Documento Autorizativo de Intervenção Ambiental (Daia), por exemplo, que acumularam passivo nos últimos anos, há metas dentro do Programa de Eficiência Ambiental (PEA) para que os processos tramitem dentro do prazo legal. “Avaliar os procedimentos relativos ao Daia pode garantir a eficiência necessária para o alcance de metas de redução de passivo, sem perda de qualidade técnica”, ressaltou Elce.
O treinamento da CGE ocorreu em duas etapas: na primeira, teórica, os servidores puderam conhecer os conceitos e princípios da gestão de riscos na administração pública e as metodologias mais adotadas atualmente. Na segunda, puderam aplicar os procedimentos, de forma prática, exercitando a identificação e avaliação de riscos em suas rotinas diárias.
Auditor da CGE e responsável pela capacitação, Armando Noé Carvalho de Moura Junior, fala sobre a importância dessa avaliação no poder público. “Gestão de riscos é um elemento essencial para a boa governança, pois assegura que os responsáveis pela tomada de decisão tenham acesso tempestivo a informações suficientes quanto aos riscos aos quais a organização está exposta. Dessa forma, ao implementar controles visando reduzir estes riscos a níveis aceitáveis, contribui para o alcance de resultados em benefícios da sociedade”, explica Armando.
Treinamento ocorreu na Cidade Administrativa e reuniu diretores, gerentes e supervisores do órgão ambiental
EFICIÊNCIA AMBIENTAL
À medida que se têm procedimentos mais eficazes, os objetivos são alcançados de forma rápida e adequada. No caso da área ambiental, o Estado ganha em preservação. “A gestão de riscos é um elemento de extrema importância para a boa governança, pois, permite que a tomada de decisão esteja sustentada em informações suficientes e legais, do ponto de vista jurídico, a respeito dos riscos que a que a organização está exposta”, afirma a auditora do IEF, Ariana Souza. Ela destaca ainda que o conhecimento dos riscos aumenta as chances de alcance dos objetivos da instituição ao passo em que são tratados e mitigados no tempo e na medida necessários.
Atualmente, está em andamento no IEF um projeto piloto de gestão de riscos, feito em parceria com a CGE, no processo de compensação minerária, atividade sensível e importante na autarquia. O resultado do trabalho demandará a elaboração de um plano de ação com a descrição das medidas a serem tomadas como forma de tratamento aos riscos que podem impactar o objetivo do processo.
Valquiria Lopes
Ascom Sisema