Aves do Parque Estadual do Rio Doce são destaque em congresso

Notícia

Qui, 25 mai 2023


 

Foto: Instituto Ekos/Divulgação

Coordenador

Coordenador do projeto Observação de aves do PERD e entorno ministrou palestra a respeito das riquezas e pontecialidades da unidade de conservação

 

Lar de diversas espécies de aves raras e até mesmo ameaçadas de extinção, o Parque Estadual do Rio Doce (Perd) foi um dos destaques no Congresso Avistar Brasil, realizado no último fim de semana (20 e 21/05), em São Paulo. O evento, focado na observação de aves, é o maior do gênero na América Latina, e este ano contou com a participação de mais de oito mil participantes. Na 16ª edição do evento, os participantes puderam conhecer mais das riquezas do maior fragmento contínuo de Mata Atlântica do estado de Minas Gerais, sobretudo as aves do Perd, administrada pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF).

 

Durante o evento, o coordenador do “Projeto Observação de aves do PERD e entorno” e membro da Associação Amigos do Parque Estadual do Rio Doce (DuPERD), Henrique Júnior, palestrou sobre as estruturas e a biodiversidade do Parque. Para Henrique, o evento é uma oportunidade única para divulgação do Perd como destino para a observação de aves. A participação contou com o apoio do IEF, via Termo de Parceria.

 

“Participar do Avistar é de uma relevância absurda. O Avistar é o lugar onde pessoas interessadas na observação de aves de todo o Brasil se encontram, tanto os consumidores desse tipo de turismo quanto aqueles que estão promovendo seus destinos. Estar presente no Avistar é se colocar nesse mercado amplo e crescente no Brasil. Representar o Perd, apresentando esse destino promissor, é muito relevante e vai gerar frutos no futuro para a Unidade de Conservação, bem como para pessoas da região que estejam envolvidas com essas atividades”, pontua Henrique.

 

Observação de Aves no Perd

 

A iniciativa para desenvolvimento do Parque Estadual do Rio Doce como destino de observação de aves nasceu há 10 anos, por meio da DuPERD e com apoio da gestão da unidade de conservação e voluntários, em especial do biólogo Tiago Dornas, um dos primeiros entusiastas da ideia. Ao longo dos anos, a ideia também contou com a participação de diversos atores como o projeto Turismo no Vale, iniciativa do Sebrae MG e Circuito Turístico Mata Atlântica de Minas (CTMAM).

 

Em 2019, a iniciativa ainda foi contemplada com recursos junto ao Edital Doce da Fundação Renova, que possibilitou um salto nas ações de promoção da atividade por meio do projeto “Aves do PERD”. Por meio do edital foram desenvolvidas diversas ações como: capacitação para condutores e receptivos turísticos, cursos de fotografias, aquisição de equipamentos e a criação do Guia de bolso das Aves do Perd e entorno.

 

Henrique explica que neste processo, o Perd, bem como o entorno da Unidade de Conservação, tem se fortalecido como um destino para a prática da observação de aves. “Todas essas ações contribuíram significativamente para a implementação desse destino. A partir da divulgação e da preparação, o Parque tem sido procurado, cada dia mais, por turistas de diversos lugares do Brasil que querem descobrir novas opções de locais para observação de aves e conseguir novas espécies para suas listas”, destaca Henrique.

 

Conservação de aves raras

 

Com mais de 36 mil hectares de área protegida, o Parque Estadual do Rio Doce, localizado no município de Marliéria, abriga uma diversidade de aves das quais muitas delas são raras ou se encontram em elevado grau de ameaça a nível mundial, entre elas o pica-pau-dourado-grande (Piculus polyzonus), jacu-estalo (Neomorphus geoffroyi dulcis) e o bicudo (Sporophila maximiliani).

 

“O PERD se constitui como um dos últimos refúgios de dezenas de espécies de aves da Mata Atlântica em Minas Gerais. Temos mais de 20 espécies de aves ameaçadas de extinção globalmente e que são encontradas dentro da Unidade de Conservação. Sendo assim, o Parque é muito representativo por ter essa conservação e é um destino que vale ser divulgado, pois sem esse território de preservação muitas espécies já teriam desaparecidos do nosso estado”, reforça o gerente do Parque, Vinícius Assis Moreira.

 

Instituto Ekos