Foto: Divulgação/IEF
Fotos de espécies nativas foram confeccionadas e distribuídas em escolas municipais do entorno do PE do Rio Doce
O Projeto de extensão “De Minas para o Mundo: orgulho de viver no Parque Estadual do Rio Doce” lançou, na última essa quinta-feira (23/3), o álbum de figurinhas “Tem Bicho no Parque”. O material educativo é voltado para o público infanto-juvenil e foi confeccionado com fotos de espécies da fauna nativa da região e distribuído nas escolas Municipal Marciano Felisberto Pinto e Estadual Liberato de Castro, dos municípios de Santa Rita e Marliéria, situadas no entorno da unidade de conservação.
O objetivo é que a distribuição do álbum possa ser um ponto de partida para promover novas interlocuções entre os conhecimentos científicos produzidos na UC e a comunidade local, professores e estudantes da educação básica, de forma a criar oportunidades de discussão e interação com dados das pesquisas científicas. A iniciativa visa, também, estimular um engajamento maior das populações do entorno com a conservação da Mata Atlântica, produzindo o sentimento de pertencimento das comunidades em relação ao Parque e a democratização do conhecimento científico sobre a biodiversidade da unidade de conservação.
Para a técnica do Instituto Estadual de Floresta (IEF) Jailma Soares, o Projeto Tem Bicho no Parque materializa uma demanda das escolas da região, em ações de educação ambiental pedagógicas adequadas ao público. “Foi nítido o sentimento de curiosidade e entusiasmo dos alunos, que ficaram encantados ao participaram das atividades”, disse.
O material foi desenvolvido pelas equipes do Colégio Técnico da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), funcionários do Parque e pesquisadores dos Projetos Tatu-Canastra, Primatas Perdidos, Pró-Carnívoros e Projeto Ecológico de Longa Duração – LIMNEA – Sítio 4.
O novo material faz parte do projeto iniciado em 2021. Os animais selecionados para estampar as figurinhas são: macaco prego, onça-pintada, tatu-canastra e jacaré-de-papo-amarelo. Além disso foram incluídos um peixe invasor, piranha-vermelha; um anfíbio, perereca-de-capacete; e duas espécies ameaçadas de extinção, a ave jacutinga e um mamífero muriqui-do-norte, todos eles retratam espécies de animais encontrados no Parque e com grande potencial de chamar atenção das crianças.
Entre os desafios apontados pelo projeto estão as atividades como a caça e a pesca ilegais, incêndios criminosos, introdução de espécies exóticas, vandalismos, estradas, expansão urbana, ou práticas agropecuárias insustentáveis no entorno; novas estratégias de conservação, manejo e gerenciamento de sua biodiversidade.
Wilma Gomes
Ascom/Sisema
