IEF e Oscip assinam Termo de Parceria para investimento no Parque do Rio Doce

Notícia

Qui, 23 dez 2021


Foto: Evandro Rodney

RIO DOCE NOVA DENTRO

Parque Estadual do Rio Doce receberá investimento de R$ 21 milhões ao longo de quatro anos

 

O Instituto Estadual de Florestas (IEF) assinou, no dia 20 de dezembro, o Termo de Parceria com o Instituto Ekos Brasil, Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) que venceu o Edital de Seleção Pública IEF Nº 01/2021. O documento prevê que a Oscip invista R$ 21 milhões em quatro anos em infraestrutura, proteção e preservação dos recursos naturais e da biodiversidade do Parque Estadual do Rio Doce (Perd), maior área contínua de Mata Atlântica do estado de Minas Gerais.


A oficialização da assinatura se deu por meio da publicação no Diário Oficial Eletrônico de Minas Gerais no dia 22. O aporte financeiro faz parte de um Acordo Judicial firmado entre a Fundação Renova e o IEF, homologado na 12ª Vara Federal de Belo Horizonte no dia 25 de março.

 

O acordo prevê o investimento de R$ 93 milhões em ações de consolidação do Parque Estadual do Rio Doce, sendo que os R$ 21 milhões deste edital contemplam o primeiro conjunto de ações de consolidação previstas para o parque, ao longo de quatro anos.

 

Entre as ações previstas com o Termo de Parceria, estão a confecção do Plano de Fomento à Pesquisa Científica. Biólogos e pesquisadores, por exemplo, traçam estratégias que visam à conservação de espécies ameaçadas do Parque Estadual do Rio Doce. Para isso, os especialistas fizeram, neste mês, um seminário, no qual foi citado dicas sobre como mapear os animais, identificando vestígios e as respectivas espécies da fauna.

 

O objetivo do grupo é obter um relatório anual de todo seminário realizado e que o documento seja usado como norteador para a elaboração do documento final.

Também estão previstas a atualização do plano de visitação e turismo e da criação de planos de comunicação, gestão tática, estratégica e operacional do parque, além da formatação de um plano de sustentabilidade financeira para o parque a longo prazo.

 

Em relação à estrutura, uma torre para observação de aves e de animais silvestres também deve ser construída, o que vai servir, também, para monitoramento e prevenção de incêndios florestais. O aporte financeiro também será destinado para aquisição de veículos, embarcações e motocicletas.


Com a celebração do Termo de Parceria, Vinícius Moreira, gerente do/ parque, espera que o espaço sirva de modelo não só para o Brasil, mas, também, para a América Latina. “O Parque do Rio Doce já é uma referência na gestão de unidades de conservação, que é a nossa perseguição estratégica ao longo de décadas: posicionar esse parque como um farol e um exemplo exitoso na gestão de unidades de conservação”, afirma Vinícius.

 

Com o trabalho em conjunto com a Oscip, o parque também pretende ir atrás do único título que lhe falta: ser reconhecido como sítio do Patrimônio Natural da Humanidade. O espaço já é considerado um Sítio Ramsar, categoria internacional que reconhece as áreas úmidas prioritárias para conservação de biodiversidade internacional. Além disso, o Perd é Reserva da Biosfera pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

 

Matheus Adler

Ascom/Sisema