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Instituto Estadual de Florestas - IEF

Parque Estadual Alto Cariri completa 16 anos sendo referência em pesquisas e educação ambiental no Jequitinhonha

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Fotos: Divulgação/IEF
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Responsável por abrigar um importante remanescente de Mata Atlântica, o Parque Estadual Alto Cariri, localizado nas cidades de Santa Maria do Salto e Salto da Divisa, no Médio Jequitinhonha, completou 16 anos de fundação no último domingo (18/2). A Unidade de Conservação Estadual, que é responsável pela preservação de espécies ameaçadas como o monocarvoeiro, maior primata das Américas, é, também, referência em pesquisas e educação ambiental na região.

 

A Unidade de Conservação, que tem o Refúgio de Vida Silvestre Mata dos Muriquis como vizinho, possui cerca de 8,8 mil hectares de áreas protegidas e conta com um grande número de espécies endêmicas. A região possui uma grande área de floresta e diversos fragmentos menores, nos quais está inserido o Parque e o Refúgio, assim, protegidos para facilitar a recuperação e o restabelecimento da conexão entre elas.

 

Os Refúgios de Vida Silvestre têm como objetivo proteger ambientes naturais onde se asseguram condições para a existência ou reprodução de espécies ou comunidades da flora local e da fauna residente ou migratória. Na área da Mata dos Muriquis, por exemplo, foi relatada a ocorrência de grupos de muriquis-do-norte, presente na Lista Nacional das Espécies da Fauna Brasileira Ameaçadas de Extinção, do Ministério do Meio Ambiente, na situação de criticamente ameaçado.

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“O Parque Estadual Alto Cariri e o Refúgio de Vida Silvestre Mata dos Muriquis são oásis repletos de vida, abundantes em água e em diversidade de espécies da fauna e flora da região, constituindo-se em verdadeiras preciosidades para o Vale do Jequitinhonha. Por isso é tão importante conscientizar sobre sua importância, educar para sua preservação e investir na manutenção destas Unidades de Conservação”, afirma o supervisor da Unidade Regional de Florestas e Biodiversidade (URFBio) Nordeste do Instituto Estadual de Florestas (IEF), Luiz Cláudio Pena Ferreira.

 

Pesquisas

 

Além de a Unidade de Conservação proteger milhares de hectares de Mata Atlântica, o local também é utilizado para pesquisas. Em 2022, por exemplo, o pesquisador da Universidade Federal de Viçosa (UFV), Fabiano Melo, iniciou o trabalho de levantamento populacional dos Muriquis residentes no território do parque.

 

A pesquisa seguiu em 2023, com técnicas apuradas de abordagem, como o uso de drones equipados com câmeras térmicas que permitem identificar os animais por meio de sobrevoos. Também foram instaladas câmeras-trap, capaz de enviar a imagem capturada em tempo real. Além do levantamento populacional de Muriquis, que é o objetivo principal da pesquisa, os trabalhos servirão para realizar um levantamento de toda a fauna do território do parque.

 

Educação ambiental

 

O parque também é referência de educação ambiental na região, uma vez que recebe visitas técnicas e conscientiza a comunidade do entorno com palestras em comunidades rurais e em escolas sobre variados temas, como prevenção de incêndios florestais. A Unidade de Conservação criou e tem implantado o Projeto Viveiro na Escola, que tem como objetivo a construção, de forma participativa, de pequenos viveiros de mudas em escolas dos municípios que fazem parte do parque.

 

Por ser inovador, o projeto tem despertado tanto o interesse em diretores e docentes de escolas municipais e estaduais, que municípios do Vale do Rio Mucuri, por exemplo, já aderiram e estão recebendo apoio para implantação.

 

Desta forma, alunos e docentes têm a oportunidade de desenvolver habilidades na produção de mudas de espécies nativa e frutíferas, além de adquirirem experiência em manejo de viveiros florestais, construindo uma nova abordagem para a conscientização ambiental na região. O projeto prevê, ainda, que as mudas produzidas sejam empregadas, de forma prioritária, na recuperação e conservação de nascentes e matas ciliares do território do parque.

 

Somente em 2023, mais de 1.400 pessoas participaram em ações de educação ambiental envolvendo a Unidade de Conservação.

 

Cadastro Ambiental Rural

 

Além de receber pesquisadores e promover educação ambiental, a equipe do Parque Estadual Alto Cariri também vem dando apoio aos moradores da região quanto ao Cadastro Ambiental Rural (CAR), que tem por finalidade constituir um banco de dados dinâmico capaz de associar informações ambientais das propriedades e posses rurais, norteando ações e projetos de ordem ambiental, social e econômica.

 

Desta forma, a equipe da Unidade de Conservação realizou, em 2023, o cadastro das propriedades inseridas no perímetro do parque e em seu entorno, além de atender outros proprietários e posseiros, sobretudo residentes do município de Santa Maria do Salto.

 

Matheus Adler
Ascom/Sisema

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