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Instituto Estadual de Florestas - IEF

IEF apresenta, na Guatemala, experiência de MG com Bosque Modelo Mata Atlântica

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crédito: Divulgação IEF

IEF Guatemala dentro

O evento reuniu, entre os dias 4 e 12 de setembro, 50 representantes de diferentes territórios que compõem a Rede Latino-Americana de Florestas Modelo
 

 

A experiência de Minas Gerais para o Bosque Modelo Mata Atlântica, do projeto Conexão Mata Atlântica, foi apresentada no 32º Encontro do Diretório em Petén e Los Altos, na Guatemala. O evento reuniu, entre os dias 4 e 12 de setembro, 50 representantes de diferentes territórios que compõem a Rede Latino-Americana de Florestas Modelo (Rlabm). Servidores do Instituto Estadual de Florestas (IEF) mostraram o sucesso do projeto em Minas. O Estado é responsável pela criação da primeira floresta modelo do Brasil, em 2004, na Zona da Mata.

Os bosques, florestas ou paisagens modelos são processos sociais inclusivos e participativos, voltados ao desenvolvimento sustentável de um território, contribuindo para o alcance de objetivos globais de redução da pobreza, mudanças climáticas, luta contra a desertificação e metas de sustentabilidade.  Minas Gerais conta com a maior área destinada à implantação dessas florestas no país, respondendo por 52% do território. O número corresponde a cerca de 15 milhões de hectares.

Durante o evento, houve a 32ª Reunião do Conselho de Administração, com a representação de 34 florestas modelos de 12 países (Argentina, Chile, Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Peru, Paraguai, Costa Rica, Honduras, Guatemala e Porto Rico). As experiências de Minas Gerais foram apresentadas pelo coordenador estadual do projeto Conexão Mata Atlântica, Marcelo Massaharu Araki; pelo coordenador do Núcleo de Biodiversidade da Unidade Regional de Florestas e Biodiversidade Metropolitana, Leonardo Diniz; e o coordenador do Viveiro de Caeté, João Paulo Mello.

Na oportunidade, eles mostraram o trabalho do projeto Conexão Mata Atlântica, que tem recursos do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF) com gestão do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). “Apresentamos o sucesso do Conexão e os resultados alcançados com os fomentos, como a restauração de mais de 1,5 mil hectares e mobilização para a capacitação de mais de 1 mil pessoas, por meio da educação ambiental”, conta Marcelo Araki.

Intercâmbio

 

Além da Rede Internacional de Florestas Modelo Latino-Americanas, participaram do evento as organizações internacionais CUSO Internacional, FAO e convidados especiais WRI, 1000 Mil paisagens Para um Bilhão de Pessoas, USAID, CLUA e Conexión ICO, abordando resultados em projetos, processos e ações realizadas.

A presença de Minas, segundo Marcelo Araki, permitiu conhecer cases de sucesso de outras localidades e se inspirar neles. “Esse intercâmbio aumenta a nossa visibilidade perante os parceiros internacionais. Houve uma aproximação com organizações internacionais, que puderam conhecer e se interessar pelo que tem sido feito em Minas Gerais. Estamos em negociação para conseguirmos outros financiamentos”, diz Marcelo.

Bosque Modelo Los Altos

O 32º Encontro do Diretório em Petén e Los Altos possibilitou os participantes conhecerem o Bosque Modelo Los Altos. Ele está localizado no Departamento de Quezaltenango, na Guatemala e abrange os municípios de Concepción Chiquirichapa, San Martín Sacatepequez, San Mateo, Quetzaltenango, Almolonga, Cantel, Zunil e El Palmar. Nesta área, encontram-se 12 áreas protegidas, entre parques nacionais, áreas de defeso definitivo e parques regionais municipais, que juntos abrangem mais de 20.668 hectares.  

Conceito

 

As florestas, ou bosques modelo têm a finalidade de promover a conservação e a utilização sustentável dos recursos florestais, incentivando as comunidades locais ao uso sustentável desses recursos, desenvolvendo atividades produtivas, educativas e de pesquisa. Os princípios que as orientam para implementação são o associativismo, a gestão da paisagem, o compromisso com a sustentabilidade, a governança, o planejamento de médio e longo prazo e o intercâmbio de conhecimentos, além da construção de capacidades e do trabalho em rede.
 
O conceito foi elaborado no Canadá, na década de 1980, a fim de orientar a gestão de suas áreas protegidas e conseguir o envolvimento da população do entorno com a simultânea geração de renda para os atores locais. Em 1992, ele foi apresentado ao mundo na Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente.

A partir daí, foram criadas redes locais, nacionais e regionais para o intercâmbio de experiências relacionadas aos Bosques Modelo, o que propiciou a criação da Rede Iberoamericana, constituída por representantes de quinze países da América do Sul, dentre os quais o Brasil, da América Central e Caribe, além da Espanha.

Experiência mineira


Existem em Minas Gerais dois territórios reconhecidos pela Rede Iberoamericana de Bosques Modelo. O BM Mata Atlântica, desde 2004, está situado na maior parte da área de abrangência do bioma de mesmo no Estado alcançando cerca de 2,5 milhões de hectares, no qual estão localizados mais de 230 municípios

O BM Mosaico Sertão Veredas Peruaçu, resultado da ampliação do BM Pandeiros, reconhecido desde 2005, estende-se por aproximadamente 1,8 milhão de hectares em 11 municípios. Em Minas são: Arinos, Bonito de Minas, Chapada Gaúcha, Cônego Marinho, Formoso, Itacarambi, Januária, Manga, São João das Missões e Urucuia. Na Bahia, na cidade de Cocos.

 Rede Latino-Americana

 O Bosque Modelo Mata Atlântica, do projeto Conexão Mata Atlântica, coordenado em Minas Gerais pelo IEF, pertence à Rede Latino-Americana de Florestas Modelo (Rlabm), estabelecida em 2002, e cuja equipe de gestão está sediada no Centro Agrícola Tropical de Pesquisa e Ensino Superior, na Costa Rica. A rede representa a maior associação regional de Florestas Modelo.  Por meio da Rlamb, são estabelecidas linhas de trabalho, compromissos são assumidos e são geradas políticas sociopolíticas em benefício da biodiversidade e organizações parceiras.

Luciane Evans
Ascom/Sisema

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