Divulgaçao Sisema
Soltura de casais de mutum-do-sudeste foi realizada por equipe do Projeto Mutum, com o apoio do IEF
Mais 10 casais de mutum-do-sudeste, espécie endêmica do bioma Mata Atlântica e criticamente ameaçada de extinção, foram reintroduzidos na natureza na última quarta-feira (13). A soltura foi realizada no município de Bom Jesus do Galho, em uma área próxima à Ponte Perdida, no entorno do Parque Estadual do Rio Doce (Perd), pela equipe do Projeto Mutum, com o apoio do Instituto Estadual de Florestas (IEF). A ação foi promovida na celebração dos 33 anos do Projeto, que é coordenado pela Cenibra.
A supervisora regional da Unidade Regional de Florestas e Biodiversidade (URFBio) Rio Doce, Ariane Goulart, e o gerente do Parque Estadual do Rio Doce, Vinícius Moreira, participaram da soltura dos animais na natureza. Para o gerente do Perd, a soltura dos indivíduos no habitat natural é a comprovação de que a unidade de conservação tem alcançado seus objetivos. “É um marco histórico, estamos reintroduzindo uma espécie que havia registro histórico de ocorrência no Parque. Essa reintrodução atinge o objetivo do Perd que é proteger as espécies nativas da Mata Atlântica interiorana de Minas Gerais e do Brasil”, avalia Vinícius.
A supervisora da URFBio Rio Doce destacou a importância da parceria entre o poder público e iniciativa privada. “Essa parceria é muito relevante para projetos de longo prazo e que necessitam de um investimento robusto, como o Projeto Mutum”, pontua Ariane.
O gerente da unidade de conservação foi um dos homenageados pela empresa pela parceria e colaboração no Projeto Mutum. O projeto também conta com a parceria da Crax Brasil – Sociedade de Pesquisa do Manejo e Reprodução da Fauna Silvestre.
PROJETO MUTUM
O Projeto Mutum comemorou 33 anos da parceria entre a Cenibra e a CRAX – Sociedade de Pesquisa do Manejo e da Reprodução da Fauna Silvestre. Na Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Fazenda Macedônia é desenvolvido, desde 1990, o Projeto Mutum, para reintrodução de aves silvestres ameaçadas de extinção. O projeto contempla não só a proteção ou criação em cativeiro de animais ameaçados, mas também a sua recondução ao ambiente de origem.
As espécies, após o trabalho de preparação e manejo adequado, de forma a proporcionar à ave maior facilidade de readaptação ao habitat natural, seguem até a RPPN, onde são reintroduzidas. Essas espécies são monitoradas periodicamente na área de soltura e arredores, de modo a obterem-se dados relativos à adaptação, dispersão, reprodução, predação e quantificação de indivíduos.
Além da proteção às espécies de aves, o Projeto Mutum contribui ainda para a conservação dos fragmentos de vegetação nativa da região, uma vez que essas aves cumprem um papel importante de dispersão de dezenas de espécies típicas do bioma Mata Atlântica, contribuindo dessa forma para a melhoria da qualidade ambiental da região.
Instituto Ekos
Ascom/Sisema
