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Instituto Estadual de Florestas - IEF

Votação online vai definir nomes de 10 filhotes do Cetras Patos de Minas

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Fotos: Viviane Lacerda

Gato cortada

Um dos filhotes que terá o nome decidido em votação é um gato-do-mato

 

Votação pelo Instagram vai decidir quais serão os nomes de 10 filhotes de mamíferos que estão sendo tratados no Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres (Cetras) de Patos de Minas, no Alto Paranaíba. A unidade, que é administrada pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF), chega nesta quinta-feira (03/12) ao seu primeiro aniversário com uma estrutura referência para reabilitação da fauna silvestre e já recebeu mais de 1 mil animais desde dezembro do ano passado, quando foi inaugurada. As comemorações do primeiro ano foram antecipadas com uma live na noite de ontem, que destacou os principais resultados do Cetras em 12 meses e também promoveu uma discussão sobre o trabalho que é desenvolvido para a reabilitação de filhotes.


No primeiro momento, participaram da transmissão o médico-veterinário do Cetras, Rafael de Barros Ferraz, e a diretora de Proteção à Fauna do IEF, Liliana Adriana Nappi Mateus, que representou o diretor-geral do IEF, Antônio Malard. Em um segundo momento, Rafael conversou com a médica-veterinária Juliana Magnino, que é coordenadora do TamanduASAS, projeto do IEF de criação, reabilitação e soltura monitorada de tamanduás-bandeira em Uberlândia, no Triângulo Mineiro.


A VOTAÇÃO


Durante o bate papo, o veterinário Rafael de Barros anunciou o lançamento de uma série de enquetes no Instagram a partir desta quinta-feira. O objetivo é abrir votação para a escolha dos nomes de 10 filhotes que vão passar um longo período de reabilitação no Cetras até terem condições de serem soltos na natureza, sendo três cachorros-do-mato, dois gatos-do-mato, um ouriço, uma raposinha, uma veada, uma fêmea de mão-pelada e uma fêmea de lobo-guará.


De hoje até a próxima quarta-feira (09/12), cada dia será destinado a uma enquete, sendo que as votações para os três cachorros-do-mato e para os dois gatos-do-mato serão feitas em bloco. As enquetes estarão disponíveis sempre nos Stories do perfil @cetas.mg, no Instagram. Ao final do concurso, os nomes que ganharem serão divulgados no mesmo perfil.


Clique aqui para conhecer o perfil @cetas.mg no Instagram


Durante a live, a diretora de Proteção à Fauna, Liliana Mateus, destacou que a estrutura do Cetras Patos de Minas é referência para recebimento, assistência médico-veterinária, e reabilitação de animais silvestres e trouxe um reforço muito importante para a manutenção da biodiversidade em Minas Gerais. De janeiro a outubro deste ano, já são 1.040 animais recebidos, sendo 443 apreendidos, em sua maioria vítimas do tráfico, 328 recolhidos pelos órgãos públicos e 269 entregues de maneira voluntária pela população. Desse total, 277 já foram devolvidos à natureza, o que equivale a 26%. Até o fim do ano a expectativa da equipe é que a taxa de soltura chegue a 55%.

 

Foto: IEF/Divulgação
Ouriço Cortada
Outro filhote que terá o nome escolhido é esse ouriço


PREOCUPAÇÃO ESPECIAL COM FILHOTES


Devolver esses animais à natureza é o grande objetivo do Cetras. Para falar sobre os procedimentos mais indicados para esse retorno, o veterinário Rafael de Barros colocou Juliana Magnino na conversa. Os dois destacaram que quando esses animais são filhotes, o desafio é ainda maior. Existem casos de animais recém-nascidos que chegam sem praticamente nenhuma vivência na natureza e, por isso, é preciso trabalhar para que o animal desenvolva um comportamento compatível com a vida livre, com a preocupação especial em evitar a humanização.


Esse é um dos motivos de unidades como os Cetras não serem abertas à visitação, explicou Rafael de Barros. “Se nós condicionamos os animais à visitação de humanos, eles não vão entender que o ser humano é um agente que pode lhe causar um problema. A gente sabe que um grande problema que a fauna enfrenta é a população humana, com a caça, atropelamentos e degradação de seu habitat”, afirma o veterinário


Nesse contexto, o IEF também conta com o TamanduASAS, coordenado pela veterinária Juliana Magnino e que também é referência em Minas Gerais para reabilitação. No início do ano que vem a expectativa é que o projeto receba um tamanduá filhote que está sendo acompanhado no Cetras Patos de Minas. O Centro conta, ainda, com outros três animais da mesma espécie sendo cuidados atualmente. Os outros centros de triagem de Minas (Cetas), sediados em Belo Horizonte, Montes Claros e Juiz de Fora, também estão cuidando de filhotes de tamanduás que serão soltos e monitorados pelo TamanduASAS.


Juliana contou que a demanda pelo projeto, sediado em Uberlândia, surgiu de um quadro de resgate frequente de filhotes de mamíferos, com presença do tamanduá-bandeira nessa lista. “Geralmente são tamanduás órfãos de mães atropeladas e que são animais de vida livre. Então, a nossa intenção é que esses animais nascidos em vida livre não permaneçam em cativeiro”, diz a especialista.


Uma das curiosidades mencionadas pela dupla de veterinários é o desafio de prover alimentação específica para os tamanduás durante o período de reabilitação. Como eles são bichos que se alimentam majoritariamente de cupins e formigas quando estão em vida livre, há um trabalho de campo frequente para coletar especialmente os cupins. Só no Cetras Patos de Minas são gastos, semanalmente, cerca de 240 quilos de cupins. Juliana Magnino também lembrou que uma característica extremamente importante do TamanduASAS é a soltura monitorada, com o uso de coletes que informam os deslocamentos dos animais. Os coletes são cedidos pelo Projeto Bandeiras e Rodovias.

 

Raposinha Cortada

Raposinha é um dos 10 filhotes que estão sendo reabilitados no Cetras e também terá o nome escolhido em enquete no Instagram


PLANEJAMENTO PARA O FUTURO


Outro tema que também foi assunto da live foi o planejamento para a construção de novos Cetras em Minas Gerais. A diretora Liliana Mateus lembrou que ainda este mês de dezembro será inaugurado o Cetras de Divinópolis, na Região Centro-Oeste de Minas, que assim como Patos de Minas terá capacidade de recebimento de até 3 mil animais por ano. Outra unidade, que em breve vai começar a receber animais para tratamento e reabilitação, é o Cetras de Paracatu, no Noroeste do Estado. A previsão é que essa unidade, que será fruto de uma parceria com a Associação Mineira de Defesa do Ambiente (Amda) e com o Ministério Público de Minas Gerais, comece a funcionar até março. Existem ainda estudos avançados para a implantação de outras seis unidades em todo o Estado.


Clique aqui para ler uma reportagem especial sobre o 1º ano do Cetras Patos de Minas


Guilherme Paranaiba
Ascom/Sisema

 

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