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Instituto Estadual de Florestas - IEF

IEF comemora um ano da primeira reabilitação e soltura do projeto TamanduASAS

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Fotos: Divulgação IEF

FotoTamanduainterna-10062020

 

 

Para a reabilitação, Dumbo recebeu um rastreador que possibilita o monitoramento contínuo do animal

 

O Instituto Estadual de Florestas (IEF) comemora, nesta quarta-feira (10/6), um ano de sucesso da soltura do primeiro tamanduá-bandeira recuperado, dentro do programa TamanduASAS, após ser localizado em situação de vulnerabilidade. Mesmo em liberdade, a equipe do projeto continua monitorando o tamanduá, carinhosamente chamado de Dumbo, por meio de um rádio colar. O projeto é desenvolvido pelo IEF em Uberlândia, no Triângulo Mineiro.

 

De acordo com a médica veterinária do IEF e responsável pelo TamanduASAS, Juliana Magnino, o tamanduá Dumbo chegou ao projeto em 29 de maio de 2018. O animal foi encontrado sem a mãe, na área urbana de Uberlândia e pesava á época 1,240kg. Durante o período em que esteve em reabilitação, o animal permaneceu sob cuidados em um centro de apoio do IEF no município.

 

Lá ele recebeu o tratamento necessário para a recuperação da saúde e bem-estar para que fosse novamente solto na natureza. “É um tamanduá que só tem tamanho. Foi um filhote calmo, que demorou a largar os cobertores para explorar o recinto. Qualquer barulho que ouvia corria para o abrigo. Com o tempo, Dumbo se adaptou bem ao cativeiro, aos procedimentos de reabilitação e à alimentação. Ele foi criado para ter o menor contato possível com os humanos e ser independente, para ter mais chances de sobreviver na natureza”, disse a médica veterinária.

 

Conforme Juliana Magnino, o tamanduá foi para o recinto de reabilitação em março de 2019, e utilizou as piscinas que foram construídas especialmente para ele no Retiro Águas Vivas, no período de preparação para a sua soltura. O animal recebeu colete rastreador, em maio de 2019, para que pudesse ser monitorado após a soltura.

 

“Como é um animal que foi criado desde filhote em cativeiro, a gente precisa monitorar para saber se ele conseguirá sobreviver e se adaptar ao novo ambiente, e se pode estar em perigo em razão das ameaças antrópicas, como rodovias, queimadas e ataques por cães domésticos”, disse a veterinária. “A gente também consegue entender a área de vida, os locais de preferência, e as distâncias que o tamanduá solto irá percorrer”, acrescenta.

 

O GPS instalado no colete do tamanduá gera coordenadas por onde o animal passou. Com isso, a equipe do projeto também realiza um monitoramento em campo para verificar o local que ele está ficando, avaliar seu estado geral de saúde, observar o animal dormindo, se alimentando e interagindo com o meio.

 

A área que Dumbo tem ocupado está prestes a se tornar uma Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN Águas Vivas), o que garantirá a ele e a todas as outras espécies que vivem na região, um habitat seguro e preservado, com os recursos necessários para sobrevivência.

 

Atualmente, o TamanduASAS continua recebendo filhotes de tamanduás e se prepara para novas solturas monitoradas. “Para sabermos se a soltura deu certo, nós precisamos monitorar, por isso, a gente comemora um ano da soltura do Dumbo. Fizemos a soltura, o acompanhamento e hoje é um animal que está saudável e reabilitado”, finaliza.

 

O TamanduASAS tem como grande aliado o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). Conta ainda com outros parceiros, como o Projeto Bandeiras e Rodovias, Cetas-MG, Polícia Militar do Meio Ambiente, Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Uberlândia, Setor de Silvestres do Hvet (UnB), biólogos voluntários e os reabilitadores Retiro Águas Vivas, Instituto Libertas, Hélio Martins e Vinícius Rodrigues, que também contribuem para o desenvolvimento das atividades.

 

Simon Nascimento
Ascom/Sisema 

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