Fotos: Evandro Rodney
O mirante do Monjolo é uma das atrações do Parque do Rio Preto
Uma das mais importantes unidades de conservação de Minas Gerais comemora 26 anos de criação nesta segunda (01/06). O Parque Estadual do Rio Preto está localizado em São Gonçalo do Rio Preto, a cerca de 35 quilômetros de Diamantina, e abriga as nascentes do rio de mesmo nome, um dos mais importantes afluentes dos rios Araçuaí, que por sua vez desagua no Rio Jequitinhonha.
Com importantes remanescentes do bioma Cerrado, a criação do Parque concretizou o interesse da comunidade do município de São Gonçalo do Rio Preto em proteger as nascentes do rio que dá nome à unidade de conservação. O local está inserido na Reserva da biosfera do Serra do Espinhaço e possui, dentre outros atrativos, as cachoeiras do Crioulo e a Sempre Viva e o Pico do Pião.
O gerente da reserva ambiental administrada pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF), Antônio Augusto Tonhão de Almeida, observa que a unidade de conservação possui uma das mais completas infraestruturas para receber visitantes de Minas Gerais. “O Parque é equipado com restaurante, área de camping, estacionamento e alojamentos para receber visitantes”, afirma.
“Atualmente, a unidade de conservação está fechada em função do isolamento social exigido pelo coronavírus”, explica, Antônio Augusto, referindo-se ao vírus que provoca a doença Covid19. Em janeiro e 2020, as estradas de acesso à reserva ambiental passaram por reformas após intensas chuvas que atingiram todo o Estado, sendo que os trechos que apresentavam piores condições receberam novo calçamento.
Atrativos
O Parque possui cerca de 12 mil hectares de extensão e está todo inserido no município de São Gonçalo do Rio Preto e a Prefeitura recebe mensalmente uma quantia do Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS), o ICMS Ecológico. Em 2019 o município recebeu um total de R$ 990.612,36.
Existem roteiros temáticos e trilhas acessíveis para todas as idades. A Trilha das Crianças, por exemplo, possui 550 metros de extensão e tem grau de dificuldade baixo. Já a Trilha da Cachoeira do Crioulo dura 3 horas, possui 6,5 km de extensão tem alto grau de dificuldade e deve ser feita com guia.
Foram identificados no parque 32 sítios de interesse arqueológico, que são possuidores de testemunhas pré-coloniais ou de interesse histórico. As atrações são de fácil acesso, mas a visitação é restrita e obrigatoriamente guiada por funcionários, exceto a Lapa do Tatu, que fica na estrada interna da unidade de conservação.
PARC
A unidade de conservação é uma das 21 incluídas no Programa de Concessão em Parques Estaduais (Parc), lançado pelo Governo de Minas Gerais em 2019. O trabalho irá contribuir para a gestão das áreas protegidas do Estado, atraindo investimentos, gerando empregos, ampliando os recursos humanos e financeiros.
O diretor-geral do IEF, Antônio Augusto Melo Malard, explica que o modelo é de parcerias e concessões ambientais voltadas para o aprimoramento e diversificação dos serviços turísticos ofertados nas unidades de conservação. “O trabalho implica em maior eficiência na gestão sem perder o rigor na preservação e conservação da biodiversidade e recursos naturais”, afirma.
Em razão do fechamento da unidade de conservação para segurança dos visitantes e funcionários que precisam manter o isolamento social, a gerência do Parque comemorará a data com uma exposição de fotos nas redes sociais sobre as ações e atividades. Os interessados podem acessar o trabalho clicando aqui.
Mais informações sobre o Parque Estadual do Rio Preto e sobre as 96 unidades de conservação administradas pelo IEF em Minas Gerais estão disponíveis na página do Instituto na internet.
Emerson Gomes
Ascom/Sisema