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Instituto Estadual de Florestas - IEF

Estado mantém cuidado com fauna silvestre vítima de crimes ambientais

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Fotos: Divulgação/IEF

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Jiboia foi um dos primeiros animais a serem soltos pela equipe do IEF no Cetras de Patos de Minas, desde a inauguração em outubro de 2019

 


Animais silvestres permanecem sendo atendidos por serviços ambientais em Minas, mesmo durante a pandemia da Covid-19. Nos Centros de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) e naquele que faz também a reabilitação, o Cetras, estão mantidas as rotinas de acolhimentos, recuperação e solturas de animais que chegam a essas unidades do Instituto Estadual de Florestas (IEF) geralmente vítimas de tráfico ou de maus tratos. Ao todo, foram soltos 727 bichos durante o período de pandemia, pelos Cetas e Cetras em todo o Estado. No Cetras Patos de Minas, por exemplo, foi realizada neste mês de maio a primeira soltura de animais que foram reabilitados após vivenciarem maus-tratos e serem vítimas de cativeiro ilegal.

 

A ação ocorre seis meses após a inauguração da unidade, em outubro de 2019, e faz parte do trabalho contínuo do Governo de Minas para proteção à fauna silvestre, inclusive durante a pandemia. Neste período de isolamento, está mantido o recebimento dos animais apreendidos em flagrantes pela Polícia Militar, entregues voluntariamente por particulares ou recolhidos por estarem feridos, em situação de risco ou por serem filhotes. No Estado, além do Cetras em Patos de Minas, existem outras três estruturas destinadas aos cuidados com a fauna silvestre. Os Cetas de Belo Horizonte, Montes Claros e Juiz de Fora que têm gestão compartilhada entre o IEF e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

 

A soltura dos animais que estavam no Cetras em Patos de Minas ocorreu em uma área de Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN). Foram reintroduzidos à natureza seis animais silvestres: um ouriço-cacheiro, duas jiboias, dois gaviões-carijó e um pombão. Todos eles receberam atendimento veterinário específico, bem como passaram pelo processo de reabilitação.

 

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Aves recuperadas em operação da PM no Norte de Minas foram devolvidas à natureza após serem alimentadas e passarem por cuidados veterinários

 

De acordo com a Diretora de Proteção à Fauna do IEF, Liliana Nappi Mateus, a soltura em Patos de Minas é um marco. Isso, porque, o Cetras é a primeira estrutura voltada aos cuidados com a fauna silvestre gerida somente pelo IEF em Minas. “Com isso o IEF demonstra, mais uma vez, a competência técnica de sua equipe no que tange à gestão da fauna silvestre no estado”, diz.

 

Segundo Liliana, o processo de soltura dos animais adotado pelo Estado proporciona benefícios e facilita a readaptação ao meio ambiente. “Os animais são soltos em áreas rurais onde a espécie ocorre e que tenham características ambientais que proporcionem abrigo, alimento e segurança. Também é necessário que estas áreas sejam dotadas de fragmentos de vegetação e corpos hídricos”, acrescenta.

 

Outras unidades

 

No Cetas de Belo Horizonte houve uma programação de soltura de animais silvestres quando os primeiros casos da Covid-19 foram confirmados no Estado. Com a iminência do teletrabalho, os veterinários fizeram a soltura de diversas espécies que passaram por reabilitação e estavam prontas para voltar à natureza. “Nós imaginamos que teria um fluxo menor de pessoas, por causa do teletrabalho, e concentramos as solturas em um espaço de tempo mais curto entre os animais que já estavam aptos”, disse o veterinário do IEF na unidade, Thiago Lima Stehling.

 

Atualmente, explicou Thiago, há um revezamento nas escalas de trabalho para evitar aglomerações dos funcionários nos escritórios. “A gente recebe as pessoas que vem entregar os animais, às vezes machucados, e aí redobramos o cuidado com uso de máscara e luvas ao manusear os animais, algo que já era feito anterior à pandemia”, frisou.

Situação parecida no Cetas Juiz de Fora. Lá, houve solturas antes do início do teletrabalho. Contudo, a reintrodução de outros animais à natureza também foi realizada durante a pandemia. O biólogo do IEF na unidade, Glauber Barino, destacou que mais de 80 animais silvestres foram devolvidos ao habitat natural neste período. Os servidores também estão em escala de revezamento.“Aumentamos os cuidados com questões de segurança, permanecendo no escritório de máscara o tempo todo e também em contato com os animais para também preservar a saúde deles”, ressalta Glauber.

 

Em Montes Claros, desde o início do teletrabalho, foram 289 animais reintroduzidos à natureza, de acordo com a veterinária do Cetas da cidade do Norte de Minas, Osmarina Santos. A última leva de animais soltos ocorreu na semana passada, quando aves silvestres e outras espécies de répteis foram recolocadas em três Áreas de Soltura de Animais Silvestres (Asas).

 

Dentre os bichos que foram soltos, estavam aves silvestres que chegaram à unidade na semana passada, após serem apreendidas pela Polícia Militar em uma operação de fiscalização no município de Francisco Sá. “Os animais estavam sendo transportados irregularmente em sete caixas de papelão, em péssimas condições de manutenção, ventilação e sem acesso a alimentação e água. Após avaliados, receberam os devidos cuidados, como tratamento médico veterinário e oferta de alimentação adequada à espécie”, destacou Osmarina.

 

Simon Nascimento

Ascom/Sisema

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