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Instituto Estadual de Florestas - IEF

Pesquisadores estudam hábitos de carnívoros no Parque do Rio Doce

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Pesquisadores da Universidade Federal de São João Del Rei (UFSJ) realizam estudos sobre o comportamento dos carnívoros silvestres que habitam o Parque Estadual do Rio Doce, na região do Vale do Aço. O projeto Carnívoros do Rio Doce também pretende obter soluções para o problema de predação de gado por onças, relatado por proprietários rurais vizinhos da unidade de conservação.


O projeto surgiu no início de abril, após convite da direção do Instituto Estadual de Florestas (IEF) à equipe de pesquisadores para descobrir o que provocava o ataque ao gado. O gerente do Parque, Vinicius de Assis Moreira, explica que a unidade de conservação abriga uma grande quantidade de animais carnívoros silvestres que, muitas vezes, chegam às áreas de silvicultura, pecuária e até às zonas urbanas localizadas próximas ao parque.

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Segundo a médica veterinária que acompanha o projeto, Cynthia Elisa Widmer de Azevedo, ao entrarem em contato com outros animais domésticos, os animais podem contrair doenças atípicas do seu habitat natural. “Uma das frentes que norteiam nosso projeto é a verificação de possível aquisição de doenças através do contato entre cães e gatos domésticos abandonados próximo ao parque”, esclarece a doutoranda em Ecologia Aplicada pela Universidade de São Paulo (USP).

Coordenador do projeto, o professor adjunto e orientador de doutorado da UFSJ, Fernando Cesar Cascelli de Azevedo, afirma que a previsão é de que em 2013 serão utilizadas câmeras remotas para acompanhar os hábitos desses animais e até mesmo capturar alguns indivíduos para identificação. “Após a realização dos estudos será possível propor medidas para minimizar o problema dos ataques ao gado e conservar os carnívoros”, disse.

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O gerente do Parque Estadual do Rio Doce, Vinicius Moreira, lembra que a pesquisa é prioritária para evitar conflitos com os vizinhos do Parque. “É importante mostrar aos produtores rurais que estamos buscando soluções para a questão e evitar retaliações aos animais”, explica.

Biodiversidade
A Mata Atlântica é o bioma que predomina no Parque, que é o maior remanescente deste bioma em Minas Gerais. Com área total de 36.970 hectares, está situado nos municípios de Marliéria, Dionísio e Timóteo. Na unidade de conservação é possível encontrar espécies ameaçadas de extinção como o mono-carvoeiro, maior primata das Américas e uma importante população de onças-pintadas.

O Rio Doce é um das 38 Parques Estaduais de Minas Gerais administrados pelo IEF, órgão que integra o Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema). Juntos, protegem a biodiversidade em cerca de 474 mil hectares.

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