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Instituto Estadual de Florestas - IEF

Exercício simula combate a grande incêndio florestal na Serra de São José

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O Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema) realizou, no dia 1º de junho, um simulado operacional de combate a incêndios florestais na Serra São José, na região do Campo das Vertentes, Sudoeste de Minas Gerais. O trabalho reproduziu todas as condições do combate ao fogo, desde a identificação dos sinais de fumaça, emissão dos primeiros alertas até a confirmação de um incêndio florestal de grande porte.
A região abriga três unidades de conservação administradas pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF), entidade que integra o Sisema: a Área de Proteção Ambiental (APA) Serra de São José, o Refúgio Estadual de Vida Silvestre Libélulas da Serra de São José e a Área de Proteção Especial Serra São José. Juntas somam 4.758 hectares de áreas protegidas. A unidade de conservação está localizada nos municípios de Tiradentes, Prados, Coronel Xavier Chaves, São João Del Rei e Santa Cruz de Minas.

O exercício envolveu cerca de 70 pessoas, entre brigadistas voluntários, integrantes da Coordenadoria de Defesa Civil do Estado (Cedec), do Corpo de Bombeiros Militar, por técnicos do Programa de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais de Minas Gerais (Previncêndio) e do IEF. Todos os equipamentos habitualmente empregados no combate ao fogo foram utilizados, incluindo dois helicópteros e um avião de observação.

Segundo o gerente da APA Serra de São José, Itamar Christófaro Silva, a unidade de conservação sofre com as queimadas e a expansão urbana. Ele observa que, em 2011, um grande incêndio atingiu a área interna da APA e queimou cerca de mil hectares. “O simulado é uma mistura de experiência e visão moderna que só irá melhorar o trabalho de proteção do meio ambiente na região”, afirma.

Simulado
O simulado na Serra de São José foi o quarto de uma série de sete a serem realizados até o final de junho pelo Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema), antes do início do período mais seco do ano, quando os incêndios florestais são mais constantes. Os exercícios são uma experiência inédita em Minas Gerais e estão previstos no Plano de Ação 2012 para Prevenção e Combate a Incêndios Florestais.

O Plano prevê a implementação de ações para reduzir as causas e os riscos de propagação do fogo, a capacitação de todos que participam dos trabalhos de controle dos incêndios e a elaboração de planos e estratégias de combate em função do tamanho do incêndio e dos meios disponíveis. O objetivo é permitir o desenvolvimento de métodos ainda mais eficazes de controlar os incêndios antes que atinjam grandes proporções.

Biodiversidade
A Serra de São José possui cerca de doze quilômetros de extensão marcados por escarpas cobertas por Mata Atlântica, Cerrado e Campos Rupestres. A grande variedade de ambientes num espaço tão pequeno torna essa região um local muito especial no que tange aos aspectos biológicos.

Estima-se que a região abriga cerca de 120 espécies de libélulas o que representa quase 50% de todas as espécies conhecidas em Minas Gerais e cerca de 18% das espécies encontradas no Brasil. Também podem ser encontradas na serra cerca de 240 espécies de aves, 80 de orquídeas e, pelo menos, nove espécies de mamíferos ameaçados de extinção.

A preservação da Serra de São José é vital para o abastecimento de água da região. A Serra foi muito explorada nos séculos 18 e 19, no início da ocupação de Tiradentes (então Arraial de Santo Antônio do Rio das Mortes) e da extração do ouro na região. Quando o mineral se esgotou e a exploração da Serra diminuiu e a vegetação conseguiu regenerar-se parcialmente.

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