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Instituto Estadual de Florestas - IEF

Seminário apresenta experiência de manejo de escalada na Serra dos Órgãos

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O Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro, foi uma das primeiras unidades de conservação a elaborar normas e instruções para promoção do montanhismo e escalada em áreas de preservação. A experiência foi apresentada no Seminário ‘Uso Público em Unidades de Conservação de Minas Gerais’, que encerrou nesta sexta-feira, no Parque Estadual do Itacolomi, em Ouro Preto.   

Criado em 1939, o Parque da Serra dos Órgãos tem hoje uma área de mais de 20 mil hectares, quase 200 quilômetros de trilhas e altitude entre 80m e 2263m. O plano de manejo da unidade foi elaborado em 1979 e atualizado em 2008. “O novo plano apresentou o zoneamento do parque, com criação de restrições diferenciadas para o uso público, estabeleceu normas específicas para montanhismo e escalada e ressaltou a necessidade de assinatura de Termo de Conhecimento de Riscos pelos visitantes”, explicou o chefe da unidade, Ernesto Viveiros de Castro.    

O zoneamento permitiu a graduação do uso das trilhas, com a criação de trilhas populares, trilhas de montanhismo tradicional e de montanhismo em áreas inóspitas. “Para as trilhas em áreas inóspitas, que são pouco utilizadas e cruzam áreas frágeis, exigimos uma autorização especial que deve ser solicitada com sete dias de antecedência, além da assinatura do Termo de Conhecimento de Risco obrigatório para o acesso a todas as trilhas e vias de escalada”, destacou Castro. Há também trilhas de acesso restrito, apenas para monitoramento, fiscalização e pesquisa.  

O plano também estabelece normas para a abertura de novas vias de escalada, como a apresentação de um projeto, com dados dos responsáveis, localização e características da via. “O projeto é analisado pela equipe do Parque para garantir que o desenvolvimento da atividade não irá comprometer a conservação da área.”, informou Castro. Ele ressaltou que a condução dos visitantes pelas trilhas e vias de escaladas não é obrigatória.  

Dentre os impactos identificados na área, Castro destacou o lixo, atalhos e erosão, pichações, depredação de sinalização e poluição hídrica pontual, em especial na área de camping. “Para minimizar os impactos, criamos a Câmara Técnica de Turismo e Montanhismo, vinculado ao Conselho Consultivo do Parque, com a participação de montanhistas, condutores e operadores turísticos”, informou. Os membros têm a atribuição de apoiar o Conselho e discutir normas e intervenções nas trilhas. Também foi criada a equipe de monitoramento e fiscalização, que realiza vistorias periódicas. 

Outra ação em andamento é a concessão de alguns serviços oferecidos no parque, como hospedagem, restaurante, estacionamento, transporte interno, camping, muros de escalada, arvorismo e tirolesa. Castro ressaltou que a proposta não inclui concessão de áreas e trilhas.  

Resultados

Nos dois dias de evento, foram apresentadas mais de dez experiências de regulamentação, implantação e gestão de esportes aventuras em unidades de conservação federais e estaduais. Os relatos serão analisados por um grupo de trabalho multidisciplinar, composto por representantes do Instituto Estadual de Florestas (IEF) e da Associação Mineira de Escalada (AME). O grupo, criado durante o evento, também irá apoiar o Instituto na avaliação de estudos, discussões e propostas de uso público das unidades de conservação de Minas Gerais.  

O gerente de Gestão de Áreas Protegidas, Roberto Alvarenga, destacou como uma das ações prioritárias do grupo a análise e adequação da proposta de regulamentação de escalada na Gruta da Lapinha, elaborada pela Associação Mineira de Escalda (AME). A gruta está inserida no Parque Estadual do Sumidouro, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Fonte: Ascom/ Sisema

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