Fiscalização ambiental verifica rompimento de barragem na Lagoa do Nado

Notícia

Sex, 22 nov 2024
Equipes de fiscalização do Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema) estiveram, na última semana, no Parque Lagoa do Nado para avaliação dos impactos ambientais e estruturais ocasionados pelo rompimento da barragem no dia 13 de novembro.

Foto: Divulgação Sisema

A barragem do Parque Lagoa do Nado, localizada em Belo Horizonte, sofreu um rompimento parcial após fortes chuvas, causando o extravasamento de material pelo Córrego do Nado e impactando uma área de preservação ambiental. O incidente levou à interdição de parte da Avenida Pedro I, onde o fluxo da água foi parcialmente contido por barreiras naturais e escoado por galerias.

O Núcleo de Emergência Ambiental (NEA) da Semad e a Gerência de Segurança de Barragens e Sistemas Hídricos do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) realizaram uma fiscalização no local, autuando a Prefeitura de Belo Horizonte em R$ 68.393,66 por danos ambientais, incluindo infrações por intervenção em Unidade de Conservação e ausência de outorga para a barragem.

O reservatório, com capacidade para armazenar 63 mil metros cúbicos de água, colapsou devido ao galgamento causado pelas chuvas. A força do rompimento gerou a deposição de material sólido em uma área estimada em mais de 4 mil metros quadrados, atingindo vegetação herbáceo-arbustiva e derrubando árvores e palmeiras.

Além disso, a fauna aquática foi severamente afetada, e um levantamento quali-quantitativo dos animais mortos será apresentado pelo Grupo de Resgate de Animais de Belo Horizonte (GRABH). A flora e os impactos ao longo do curso d’água continuam sob análise e podem resultar em novas autuações.

Alexandre Leal, subsecretário de Fiscalização Ambiental, destacou a gravidade do ocorrido. “O rompimento teve um grande impacto na vida das pessoas, na biodiversidade e na região, mas o Núcleo de Emergência Ambiental da Semad agiu imediatamente e adotou todas as medidas necessárias e cabíveis”, disse. 

Leal ressaltou, ainda, que as equipes do Sisema seguem empenhadas na análise dos danos e na busca por soluções para mitigar os impactos na região.

Loreena Cordeiro

Ascom/Sisema