A previsão é de que 24 representantes de oito etnias participem do treinamento. "Será uma troca de experiência com os índios que tem tradição na produção de medicamentos a partir da biodiversidade", afirma o engenheiro agrônomo da diretoria de Desenvolvimento e Conservação Florestal do IEF, Danilo Rocha.
A indicação dos participantes foi feita pelos regionais do IEF onde há presença de comunidades indígenas. "Foram escolhidos doze municípios para enviarem representantes", explica Rocha. Aranã/Pankararu, Kaxixó, Pataxó, Krenak, Xakriabá, Xukuru-Kariri e Maxakali são as etnias selecionadas.
Durante o curso, serão demonstradas técnicas de cultivo de plantas medicinais com ênfase nas espécies mais utilizadas pelos índios. Danilo Rocha explica que as comunidades enviaram uma relação com as plantas mais utilizadas, o que serviu de base para a atividade. Entre as espécies estão alecrim, carambola, poeijo, hortelã de folha grande e carqueja.
No Parque, os participantes conhecerão o viveiro de mudas que possui um espaço para plantas medicinais. "Será feita uma apresentação sobre as espécies mais utilizadas, tanto pelos índios quanto as já pesquisadas pela ciência", explica Danilo Rocha. Também será realizada uma oficina de compostagem natural que utiliza folhas e sementes para produção de adubo. Durante a atividade, será discutida a forma como será realizado o fornecimento de insumos, mudas e orientação técnica pelo IEF às comunidades indígenas.
O curso faz parte das ações previstas no Termo de Cooperação Técnica firmado pelo IEF com a Secretaria de Estado da Saúde, assinado em abril de 2008. A parceria pretende estimular a implantação de hortas e pomares de plantas medicinais nas terras indígenas e elaborar um diagnóstico da cobertura vegetal nesses locais.
03/06/2008
Ascom / Sisema
