As comemorações da Semana Florestal de 2017 em Minas Gerais incluíram um momento especial nesta quinta (21/09): uma homenagem a servidores do Instituto Estadual de Florestas (IEF), que se destacaram ao longo dos 55 anos de atuação da instituição. A autarquia do Governo de Minas foi criada em 1962 e é uma das mais importantes do país na gestão florestal e ambiental.
Na solenidade em comemoração ao Dia da Árvore realizada em Belo Horizonte, 18 funcionários do IEF receberam uma placa alusiva ao seu papel decisivo na história da instituição. Para definir os nomes, cada uma das diretorias e chefias regionais indicaram três servidores, que foram escolhidos para votação pelos demais colegas. A eleição foi realizada em todas as unidades de conservação, viveiros, agências e escritórios do Estado.
Silvana Bustamante, secretária da diretoria geral, foi uma das homenageadas. Ela iniciou seu trabalho no IEF em 5 de janeiro de 1981, na antiga Assessoria de Planejamento e Controle (APC), na equipe coordenada por Eduardo Grossi, durante a gestão de Luís Lobo Rosa Misti. “Eu tinha 18 anos e fazia tarefas administrativas, como por exemplo, compilar os dados que chagavam dos Escritórios Regionais”, lembra.
Após isso, Silvana foi trabalhar na Diretoria de Desenvolvimento Florestal, atual Dicre, com Laura Lago e José Carlos Carvalho. Em 1992, tornou-se a secretária do setor que, na época, era dirigido por José do Carmo Neves. Em 2001, a belo-horizontina assumiu o posto de secretária da diretoria geral, com José Luciano Pereira e permaneceu com Humberto Candeias Cavalcanti, que assumiu em 2003. Até hoje, ela continua na tarefa de filtrar as demandas que chegam à maior instância de direção do IEF.
Foto: Janice Drumond
Da esquerda para a direita: a homenageada Silvana Bustamante, o secretário Jairo José Isaac, João Paulo Sarmento e Luís Lobo Rosa Misti, também homenageado.
Já a advogada Giuliane Carolina de Almeida Portes iniciou sua trajetória no IEF como prestadora de serviços pela MGS, em 2011, na Diretoria de Áreas Protegidas, atual Diuc. Nascida em Januária, ela chegou a Belo Horizonte em 2008 já com o sonho de atuar na área de meio ambiente. “Naquele início, ainda não consegui trabalhar na área ambiental, mas, coincidentemente, assim que passei no concurso da MGS fui indicada para a área de meio ambiente do Governo”, observa.
Atualmente, Giuliane é servidora de carreira do IEF, após ser aprovada no concurso realizado em 2013. Ela atende as demandas jurídicas de toda a Diretoria de Unidades de Conservação e não só as ligadas às questões de regularização fundiária, como fazia em 2011, no início de sua trajetória no IEF. Hoje, diferente daquela época, ela também tem a companhia da pequena Giovanna, de 2 anos, que se juntou a ela e ao companheiro Gabriel Portes.
Os homens
O paulistano Paulo Roberto de Lauro Silva conta que já se imaginava trabalhando no IEF quando cursava engenharia florestal na Universidade Federal de Lavras. E, em 1998, o desejo de estudante tornou-se realidade e ele tornou-se parte da equipe do Escritório Regional Nordeste, em Teófilo Otoni. “Fazíamos de tudo, especialmente fiscalização, pois aquela região mantém uma significativa porção de Mata Atlântica”, lembra.
Em 2003, Paulo de Lauro assumiu a gerência do Parque Estadual da Serra do Papagaio e iniciou sua trajetória na região Sul do Estado, onde permanece até hoje. “Somente em 2006, tornei-me servidor efetivo do IEF, como parte da equipe do Núcleo de Lavras”, observa. Hoje, ele é coordenador de fomento do Regional Sul, mesmo atuando na cidade de Lavras, onde cuida do viveiro de mudas, do seu filho Gustavo, que já tem 13 anos, e é cuidado por Camila, sua esposa. “Hoje, não me imagino fora de Minas”, diz o paulista que se tornou mineiro pelas circunstâncias.
Foto: Janice Drumond
Legenda: Paulo Roberto de Lauro recebe a placa do chefe do Regional Sul do IEF, Amilton Ferri Vasconcelos (à esquerda)
Já a história de Luís Lobo Rosa Misti confunde-se com a do IEF. “Em 1954, conheci Dirceu Duarte Braga que do serviço florestal federal à época e, de avião, lançou uma notificação para que eu comparecesse a Belo Horizonte para explicar irregularidades na pequena fazenda que eu tinha”, lembra. Ali se formava a dupla que, em 1962, no governo de José Magalhães Pinto, criou o Instituto.
Lobo conta com orgulho que tem a carteira número 1 como engenheiro florestal, sendo um dos pioneiros na atividade no País. “Iniciei o curso em Viçosa e conclui em Curitiba”, afirma. E foi como engenheiro florestal do IEF que ele permaneceu a maior parte de sua vida, ocupando praticamente todos os cargos de direção da instituição, até sua aposentadoria. “Em 1962, o IEF foi criado e já iniciou os trabalhos a todo o vapor, ainda que com poucos funcionários, ou melhor, três servidores”, destaca.
“A estrutura do IEF daquela época era enxuta. Tínhamos dois eixos de atuação: a extensão florestal e a vigilância. Essa simplicidade e a proximidade entre dirigentes e técnicos de ponta, deram a dinâmica que permitiu ao Instituo crescer e se tornar respeitado como é hoje”, afirma Lobo, que muitos dizem ser o homem que escreveu a Lei nº 2.606, que criou o Instituto Estadual de Florestas de Minas Gerais.
Muito atento e com a memória repleta de detalhes, Lobo lembra que, coincidentemente, o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), anfitrião e parceiro do evento dessa quinta, também foi criado em 5 de janeiro de 1962, mesma dia da criação do IEF. A comemoração ao Dia da Árvore foi realizada no auditório do órgão do Governo de Minas, na capital.
Veja abaixo a lista completa dos homenageados nos 55 anos do IEF.
Silvana Oliveira Diniz Bustamante
Luis Misti Rosa Lobo
Giuliane Carolina de Almeida Portes
Lucia Andrea Bettoni Chaves
Kyle Felipe Vieira Roberto
Luciana Esteves da Fonseca
Alex Luiz Amaral Oliveira
Celi Aparecida da Silva Machado
Anderson Siqueira Teodoro
Vivia Karlyanne dos Santos
Paulo Roberto de Lauro Silva
Nailde de Sá Porto Carneiro
Francislei de Souza Batista
Sotero José Greco Guimarães
Sebastião Carlos Bering
Wanderlei Pimenta Lopes
Ana Gabriela Lontra Fagundes