Primeira Unidade de Conservação Estadual criada em Minas Gerais, o Parque Estadual do Rio Doce comemora, até o dia 12 de julho, seus 64 anos de criação. As celebrações, que tiveram início no último sábado (05), serão encerradas com a 15ª Romaria Ecológica de Mariléria e a 5ª Romaria Ecológica de Timóteo.
Durante toda a semana, diversas atividades serão realizadas nos municípios onde o Parque está localizado: Dionísio, Marliéria e Timóteo. Criada em 14 de julho de 1944, a Unidade de Conservação é administrada pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF) e é o maior remanescente de Mata Atlântica do Estado. O Parque é reconhecido como Reserva da Biosfera pela Organização das Nações Unidas (ONU).
No sábado, as romarias partem da Igreja São Sebastião, em Timóteo, e da Praça JK, em Marliéria. O encontro acontece no trevo Geraldo Tolentino, que liga as duas cidades. Elas serão acompanhadas pelas imagens de São Sebastião e de Nossa Senhora da Saúde. O evento será encerrado com liturgia eucarística na capela do Parque.
O IEF irá promover, ainda, o plantio de mudas em frente à Igreja da Comunidade de Santo Antônio da Mata e na comunidade de Santa Rita. As paradas simbólicas representam o percurso de viajantes que, no século XX, percorreram a região e possibilitaram a criação da unidade de conservação.
"A celebração relembra o esforço do bispo Dom Helvécio para a criação do Parque Estadual do Rio Doce e fortalece a participação das comunidades na sua proteção", afirma o gerente da Unidade de Conservação, Marcus Vinícius de Freitas. Em 2007, cerca de duas mil pessoas participaram da celebração.
O Parque Estadual do Rio Doce abriga um grande sistema lacustre, composto por 40 lagoas naturais, dentre as quais destaca-se a Lagoa Dom Helvécio, com 6,7 Km2 e profundidade de até 32,5 m. Espécies da fauna ameaçadas de extinção, como a onça pintada, o macuco e o mono-carvoeiro, maior primata das Américas, podem ser observadas na Unidade.
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