Parque Estadual da Baleia - IEF
Parque Estadual da Baleia
Artigo
DADOS GERAIS
Municípios de abrangência: Belo Horizonte
Bioma: Transição entre Cerrado e Mata Atlântica
Área: 102,18 ha
Criação: Lei Estadual nº 8.022, de 23 de julho de 1981, sendo regulamentado em 1988 pelo Decreto Estadual nº 28.162, de 6 de junho de 1988 e. adequar no nome da unidade conforme à legislação federal (SNUC) Decreto Estadual nº 49.019, de 10 de Abril de 2025.
HISTÓRICO
A origem do Parque Estadual da Baleia está relacionada ao Decreto Estadual nº 10.232, de 27 de janeiro de 1932, que cria o Jardim Botânico na Fazenda da Baleia, no município de Belo Horizonte, com o objetivo de estudar a flora mineira e aclimatação de plantas de valor econômico. Posteriormente a Lei Estadual nº 8.022, de 23 de julho de 1981,autoriza a criação da citada Unidade de Conservação, sendo regulamentada em 1988 pelo Decreto Estadual nº 28.162/88, com a finalidade de resguardar o patrimônio florestal e paisagístico de Belo Horizonte e oferecer à população possibilidades de recreação e lazer.
Localizado na base da Serra do Curral, símbolo da capital mineira, faz parte do Corredor Ecológico da Serra do Curral, de expressivo valor ambiental na região metropolitana, junto com a RPPN Mata do Jambreiro, a Mata da Baleia, os Parques Municipais das Mangabeiras, o Fort Lauderdale e Serra do Curral. Está inserido ainda no Mosaico do Quadrilátero Ferrífero e na Reserva da Biosfera da Serra do Espinhaço.
Segundo relatos da comunidade o Parque Estadual da Baleia possui esse nome, pois se observarmos a região da Serra do Curral, a qual ele está localizado temos a impressão de visualizar a imagem de uma baleia mergulhando nas oscilações do relevo
Aspectos Naturais
Situado no bioma Mata Atlântica, em faixa de transição com o bioma Cerrado, apresenta grande diversidade de ambientes naturais. Entre as tipologias da flora observadas temos a mata de galeria ou remanescentes de floresta estacional semidecidual em estágio médio a avançado de sucessão florestal (mata atlântica) no fundo dos vales altamente declivosos. À medida que a altitude aumenta, as espécies arbóreas e arbustivas vão se tornando mais escassas e a paisagem vai adquirindo uma fitosionomia campestre, dominada por espécies herbáceas subarbustivas.
Flora
Entre as tipologias da flora observadas no parque estão: O campo rupestre nas maiores altitudes; Mata de Galeria ou remanescentes de Floresta Estacional Semidecidual (Mata Atlântica) no fundo dos vales altamente declivosos. Nas encostas, os fragmentos florestais vão sendo substituídos gradativamente pela savana Gramíneo-Lenhosa. À medida que a altitude aumenta, as espécies arbóreas e arbustivas vão se tornando mais escassas e a paisagem vai adquirindo uma fisionomia campestre, dominada por espécies herbácease subarbustivas.
À medida que a altitude aumenta, as espécies arbóreas oriundas da Floresta Estacional Semidecidual (16,43% do território da UC) vão se tornando mais escassas e a paisagem vai adquirindo feição de vegetação campestre (73,47% do território da UC), dominada por espécies herbáceas, arbustivas e arbóreas típicas do Cerrado. Neste caminhar é possível contemplar algumas das 96 espécies da flora com ocorrência comprovada para o interior do PFE Baleia, como a Calolisianthus speciosus, Vellozia caruncularis (canela-de-ema), Pavonia malacophylla, Senna rugosa, Jacaranda ulei, Drosera montana, entre outras.
Foto: Acervo Daniel Oliveira Perpétuo / Vellozia caruncularis
Fauna
Apesar da ausência de estudos sobre a fauna do PE Baleia, fica evidente sua importância para o ecossistema local, principalmente, como forma de ampliar e conectar as diversas áreas verdes protegidas na forma de Parques Municipais e Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs) existentes ao longo da Serra do Curral. Ainda assim, vale mencionar que há relatos informais de utilização da área do PFE Baleia por espécies como: o tamanduá-mirim (Tamandua tetradactyla), o quati (Nasua nasua), a onça parda (Puma concolor), o veado (Mazama sp.) e o cachorro do mato (Cerdocyon thous). É, aliás, um consenso a necessidade de mais estudos para catalogar as espécies que ocorrem no Parque.
Hidrografia
As nascentes e cursos d’água do território do PE Baleia e Mata da Baleia, formam o Córrego Navio ou Córrego Navio Baleia, um dos últimos contribuintes ainda com trechos do leito natural do Ribeirão Arrudas (principal rio de Belo Horizonte), o qual é tributário do Rio das Velhas, inserido na Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco.
Atrativos e Atividades
Trilha do Professor Lipa
Essa trilha corresponde à porção da Travessia BH/Nova Lima, no interior da Mata da Baleia. Aquela possui esse nome em homenagem ao professo Liparini, fundador da Caminhada do Lipa, com medida de 3,70 KM, é considerada difícil, com o relevo acidentado e oscilações entre mata fechada e cerrado.
Mirantes
Os mirantes Um e Zero estão na borda do Parque Estadual da Baleia, e são facilmente acessados por veículos pelo Bairro Cidade Jardim Taquaril; A vista da paisagem de Belo Horizonte e entorno é privilegiada.
Mirante UM
Rua Thales Assis das Chagas, 363 - Cidade Jardim Taquaril, Belo Horizonte - MG, 30285-770 (19°55'55.17"S / 43°53'9.36"O)
Mirante Zero (Cidade Jardim Taquaril)
Rua Nestor Machado Coelho, 2-20 - Cidade Jardim Taquaril, Belo Horizonte - MG, 30285-740 (19°55'54.54"S / 43°53'9.91"O)
HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO
Os mirantes se localizam na via pública, limítrofe com o nessa forma não existe restrição de horário de funcionamento.
CONTATOS E ENDEREÇO
O nosso escritório funciona no Centro Mineiro de Referência em Resíduos – CMRR.
Rua Belém, 40 - Pompéia, Belo Horizonte - MG, 30285-010. (Para visitá-lo é necessário agendar via e-mail)
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INGRESSOS E TARIFAS
A entrada é gratuita.
ORIENTAÇÕES
A unidade oferece diversas atividades de pesquisa, integração com seu entorno e educação e interpretação ambiental, através de agendamento.
CONSELHO CONSULTIVO
Informações (Regimento Interno e atos legais) sobre o Conselho Consultivo do PE Baleia. Acesse aqui.