Metodologia Rappam avalia efetividade de Unidades de Conservação de Minas Gerais

Notícia

Ter, 12 abr 2016


Os resultados do estudo estão sistematizados na publicação “Implementação da Avaliação Rápida e Priorização da Gestão de Unidades de Conservação (RAPPAM) em Unidades Estaduais em Minas Gerais”, que será lançada no dia 13 de abril, no Parque Estadual Serra do Rola Moça.

O Instituto Estadual de Florestas (IEF) e a WWF-Brasil lançarão, no dia 13 de abril, os resultados da aplicação da metodologia Rappam (Rapid Assessment and Priorization of Protected Area Management), que mostra a situação das unidades de conservação (UCs) e do sistema estadual de UCS. O evento acontecerá no Parque Estadual Serra do Rola Moça, às 14h, e contará com a presença de autoridades do governo, servidores públicos e representantes de organizações da sociedade civil.

A sigla Rappam vem do Inglês Rapid Assessment and Priorization of Protected Area Management (traduzido para Avaliação Rápida e Priorização do Manejo de Unidades de Conservação) e trata-se de uma metodologia desenvolvida pela Rede WWF entre 1999 e 2002 para fornecer ferramentas voltadas ao desenvolvimento de políticas adequadas à proteção de sistemas naturais e à formação de uma rede global viável de áreas protegidas.

Durante o primeiro semestre de 2015, o método foi implementado em Minas Gerais com a realização de uma oficina e a aplicação de questionários com os gestores das Unidades de Conservação e servidores da Diretoria de Unidades de Conservação do IEF.

Ao todo, o estudo abrangeu 69 unidades de conservação estaduais, totalizando trinta e oito Parques Estaduais (PE), oito Estações Ecológicas (EE), sete Monumentos Naturais (MN), três Reservas Estaduais de Vida Silvestre (REVS), dez Áreas de Proteção Ambiental (APA), uma Floresta Estadual (FLOE) e uma Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS), o que representa 76% das UCs estaduais de Minas Gerais, excluindo-se as RPPNs.

Para a Diretora Geral do IEF, Adriana Araújo, "criar e bem gerenciar áreas protegidas estão entre as ações mais inteligentes e estratégicas para a conservação da natureza, pois as UCs asseguram fontes de água, ajudam a regular o clima, contêm erosões, oferecem lazer e geração de renda, mantêm riquezas socioculturais e proporcionam alternativas concretas de desenvolvimento sustentável”.

A gerente das unidades de conservação do IEF, Cecília Fernandes Vilhena destaca que “a realização do Rappam foi um excelente exercício para os gestores e dirigentes identificarem os caminhos necessários para uma gestão mais eficiente das UCs estaduais e será um importante indicador para monitoramento dos nossos avanços futuros".

Julio César Sampaio, coordenador do Programa Cerrado Pantanal do WWF-Brasil, salienta que “a partir da aplicação do método é possível visualizar a fotografia da atual situação da conservação das áreas protegidas, com a identificação de pontos fortes e pontos a serem melhorados na gestão do sistema”.

Os resultados do Rappam-MG mostram que as UCs enfrentam desafios semelhantes aos de áreas protegidas em outras regiões do país, como, por exemplo, incêndios, obras de infraestrutura externas a seus limites, invasão por espécies exóticas, descarte de resíduos, caça e coleta de produtos não madeireiros, mas segundo Sampaio “as recomendações para auxiliar os órgãos responsáveis na gestão do sistema e no processo de melhoria da sua efetividade varia de região para região, pois depende da estrutura, dos recursos humanos e de ordem financeira disponíveis para o aperfeiçoamento gerencial e desenvolvimento de potencialidades nos próximos anos”.

O Rappam já foi adotado por vários governos estaduais e o próprio Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) já utilizou esta metodologia em seus trabalhos. O método já foi aplicado em mais de 200 unidades de conservação estaduais e 300 federais. Por todo o País, são mais de 80% das Unidades brasileiras avaliadas pelo Rappam.

Serviço

O que: Lançamento da publicação “Implementação da Avaliação Rápida e Priorização da Gestão de Unidades de Conservação (RAPPAM) em Unidades Estaduais em Minas Gerais”

Quando: 13 de abril de 2016, às 14h

Onde: Parque Estadual Serra do Rola Moça – Av. Montreal, s/nº, B. Jardim Canadá, Nova Lima

Imprensa:

Letícia Campos (WWF-Brasil) leticiacampos@wwf.org.br; 61 9949-6926

Romyna Lanza e Milene Duque (Instituto Estadual de Florestas) romyna.lanza@meioambiente.mg.gov.br / milene.duque@meioambiente.mg.gov.br; 31 99606-3622 / 999661124.