O Governador do Estado de Minas Gerais, Fernando Pimentel, esteve na tarde dessa terça-feira no Parque Estadual da Serra do Rola-Moça para acompanhar o trabalho da Força-Tarefa Previncêndio (FTP) do Governo de Minas, que controlou o incêndio florestal que atingia a unidade de conservação desde o último domingo (03/09).
Pimentel reforçou, durante a visita, que serão feitos investimentos em equipamentos para evitar que ocorrências dessa magnitude voltem a ocorrer na Unidade de Conservação. “Minha presença aqui é para ver o trabalho dos brigadistas e agradecer pelo emprenho de todos, muitas vezes trabalhando a noite inteira e se desdobrando no combate às chamas. Quero renovar meu compromisso de trabalhar cada vez mais para evitar que esse tipo de ocorrência acontece e para que possamos preservar esse patrimônio natural tão importante para os mineiros”, disse.
O incêndio que atingiu o Parque Estadual da Serra do Rola-Moça teve início no domingo (03/09) e exigiu a participação de mais de 300 pessoas em três dias de combate. Os trabalhos contaram com a participação de funcionários do Parque e do Instituto Estadual de Florestas (IEF), bombeiros, brigadistas contratados pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), Militares da Polícia Militar de Meio Ambiente (PMMG), voluntários das Brigadas 1, Brigada Guará e da Associação Mineira Defesa do Meio Ambiente (Amda), da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), voluntários dos condomínios e bombeiros civis. Quatro aviões air-tractor de lançamento de água e um helicóptero apoiaram o trabalho.
No momento, a Área de proteção Ambiental Serra do Sabonetal, em Itacarambi, ainda enfrenta um incêndio que teve início no dia 04. O Refúgio de Vida Silvestre Libélulas da Serra de São José, em Tiradentes, enfrenta um foco de incêndio que começou ontem (05/09). O Parque Estadual da Serra do Papagaio, A Floresta Estadual Uaimií, o Refúgio de Vida Silvestre de Macaúbas, em Santa Luzia, também enfrentam incêndios.
Desde o dia 1º de Setembro aconteceram 43 incêndios em 21 unidades de conservação estaduais. Somente no Parque Estadual da Serra do Rola-Moça foram registrados quatro incêndios. A APA das Águas Vertentes, no Serro, teve cinco incêndios. Todos eles já foram extintos.
Um dos episódios mais graves aconteceu no Parque Estadual do Itacolomi, localizado em Ouro Preto e Mariana, que teve um grande incêndio iniciado no dia 30 de agosto e que somente foi extinto no dia 01 de setembro e envolveu cerca de 70 pessoas, diariamente, dois helicópteros e quatro aviões no combate ao fogo. Um dia após o término, surgiu outro incêndio em outra área, que foi controlado no mesmo dia, mas exigiu 24 pessoas para extinguir as chamas.
O diretor de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais, Rodrigo Bueno Belo, observa que apesar da ocorrência de incêndios ter se intensificado nesses dias, o resultado ainda é positivo para o período. “As regiões centro-sul e sul do Estado têm apresentado maior número de focos de incêndios e isso é atípico, pois, normalmente, o maior número de incêndios se localiza nas regiões do Alto Médio São Francisco e Alto Jequitinhonha”, observa.
Belo explica que a efetividade no combate só é permitida pela rede de apoio que existe com as equipes das unidades de conservação e com a ajuda de brigadistas contratados e voluntários. “A ajuda dos brigadistas contratados e de voluntários, além da população que reside no entorno de nossas unidades de conservação, ajudando e apoiando as equipes de combate de diversas formas, tem sido essencial nos combates”, completa.
Tempo Seco
O Governo de Minas intensifica os esforços para combate aos incêndios florestais nos meses de estiagem, a partir de julho, quando a umidade relativa do ar baixa gradativamente, podendo atingir valores inferiores a 20%. A baixa umidade, somada ao aumento das temperaturas, situação também comum a essa época do ano, tornam o risco de ocorrência de incêndios florestais bastante elevado, com maior dificuldade de controle das chamas, tornando os incêndios mais intensos e severos.
A Força-Tarefa Previncêndio é o aparato do Governo que coordena os esforços para combater os incêndios florestais nas unidades de conservação do Estado. O esforço é coordenado pela Semad e tem a participação do IEF, da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), por meio do Comando de Aviação do Estado (COMAVE) e da Diretoria de Meio Ambiente e Trânsito (DMAT), da Polícia Civil (PCMG), do Corpo de Bombeiros Militar (CBMMG), da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Rodrigo Belo afirma que é a Força-Tarefa, sediada na Base Operacional que fica no aeroporto da cidade de Curvelo, no Centro do Estado, quem coordena o emprego dos helicópteros e aviões que realizam o trabalho de combater o fogo e apoiar as ações de terra. “Uma das técnicas fomentadas e que também tem potencializado as ações de combate é o uso de sopradores adquiridos para as unidades de conservação estaduais”, explica.
O Governo de Minas também já contratou 276 brigadistas, que foram distribuídos nas unidades de conservação do Estado e em bases do Previncêndio nas cidades de Diamantina e Januária para atendimento às ocorrências de incêndios florestais. “Em 2017, os investimentos previstos para o Previncêndio são de R$ 18 milhões e, além disso, somam-se os esforços das outras entidades integrantes da FTP, como o IEF, a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros Militar”, afirma Rodrigio Belo.
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Emerson Gomes
Ascom/Sisema