Diagnóstico da APA Rio Machado será usado para elaboração de seu plano de manejo

Notícia

Qui, 08 ago 2019


 

Foto: Divulgação IEF

apa RIO MACHADO4 Dentro

O diagnóstico contou com o envolvimento de profissionais altamente qualificados

 

Os resultados de um conjunto de estudos realizados em parceria pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF), a Universidade Federal de Alfenas (Unifal) e a Associação Regional de Proteção Ambiental (ARPA) da Bacia do Rio Grande, resultaram em um diagnóstico sobre a Área de Proteção Ambiental (Apa) da Bacia Hidrográfica do Rio Machado, no Sul de Minas. O levantamento, finalizado no último mês de julho, segue agora para uma nova etapa: servirá de subsídio para a tomada de decisão de órgãos públicos e para a construção do Plano de Manejo da APA Rio Machado.

 

O resultado do trabalho foi apresentado em seminário realizado no município de Alfenas. Agora será distribuído para as prefeituras e escolas públicas da região e poderá ser usado no ensino de geografia para alunos do ensino médio e fundamental, com dados da região.

 

As ações para realização do diagnóstico da APA tiveram início em 2017, quando foi aprovado pela Arpa.  A Associação também disponibilizou cerca de R$ 65 mil reais para realização do estudo, enquanto o IEF disponibilizou recursos logísticos para os trabalhos de campo. Em 2 anos de atividades, foram percorridos cerca de 10 mil quilômetros na Bacia com a realização de pesquisas em campo e por meio de levantamento de dados secundários, como pesquisas em referências bibliográficas. Também foram feitas atividades de laboratórios nas áreas de fauna, flora, geomorfologia, geoprocessamento e mapa de uso da terra, recursos hídricos, climatologia, socioeconômica geologia e educação ambiental.

 

Pelos levantamentos foram identificadas também espécies vulneráveis e ameaçadas de extinção como onças, lobo guará, mico aurita, barbudinho, dentre outros, nos biomas da Mata Atlântica e em pontos de transição para Cerrado. O diagnóstico também apontou preocupações com o uso da água na bacia, num futuro próximo, no que se refere à qualidade e disponibilidade do recurso para a população e para o desenvolvimento da agrossilvicultura, principal atividade econômica da região, bem como para outros usos, como a produção de café e milho; pecuária; piscultura, silvicultura, soja, fumo, marolo, dentre outros. 

 

O trabalho contou com a participação e o conhecimento técnico altamente qualificado de professores especialistas em suas áreas de atuação, alunos e servidores do IEF. “A metodologia utilizada contou com a participação efetiva de servidores do IEF nos levantamentos de campo e seu resultado pode ser associado à nova metodologia para elaboração de planos de manejo das unidades de conservação estaduais, que atualmente passam por treinamentos nos regionais do órgão, a fim de elaborar documentos mais resumidos e exequíveis”, frisou o gerente da APA Bacia Hidrográfica do Rio Machado, Pedro Sousa Silva.

 

Milene Duque
Ascom/Sisema