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Instituto Estadual de Florestas - IEF

Projeto de pesquisa no Parque Estadual do Rio Preto incentiva preservação do pequi

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Pesquisas para gerar tecnologias e políticas para a conservação e exploração racional do pequi têm sido realizadas por professores e alunos da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), com o apoio do Instituto Estadual de Florestas (IEF).

Desde 2003, os pesquisadores vem coletando sementes de diversas árvores em unidades de conservação dois municípios com climas distintos: São Gonçalo do Rio Preto, no Parque Estadual do Rio Preto e na Estação Experimental do Moura administrada pela UFVJM, em Curvelo.

As pesquisas com o gênero Caryocar, principalmente o pequi (Caryocar brasiliense Camb.), envolvem alunos dos cursos de Ciências Agrárias e de Mestrado em Produção Vegetal da UFVJM. Na primeira etapa, as sementes foram colocadas para germinar na Estação Experimental do Moura e no Parque Estadual do Rio Preto e posteriormente transportadas para a fazenda da empresa SADA Bio-Energia e Agricultura Ltda, no município de Carbonita.

Na segunda etapa, desenvolvida entre 2004 e 2005, foram feitas coletas de sementes de 133 árvores em oito municípios do Estado. De acordo com coordenador da pesquisa, o engenheiro agrônomo José Cunha Fernandes, as sementes foram plantadas em grupos de cinco para compensar a baixa taxa de germinação, uma das características da espécie. "Os primeiros blocos foram plantados em setembro de 2005 e os demais, em dezembro do mesmo ano", afirma.

O experimento ocupa uma área útil de cinco hectares. A cada seis meses, em média, são coletadas informações relacionadas ao desempenho das plantas. "O trabalho é oneroso uma vez que envolve a avaliação planta por planta, todas elas devidamente identificadas através de um croqui de maneira que é possível saber a árvore e município de origem de cada uma", ressalta o professor. Segundo ele, os produtos derivados do pequi constituem um mercado potencial. "A espécie tem um grande importância econômica e social além das vitaminas e lipídeos contidos nos frutos que são importante fonte de alimento para a população residente em sua área de ocorrência", observa.

"As pesquisas podem possibilitar o aumento do conhecimento sobre a espécie, viabilizar a obtenção de materiais genéticos superiores e iniciar um processo de conservação", diz o pesquisador. Segundo ele, a conservação do pequi é muito importante, uma vez que a importância econômica do fruto vem aumentando o caráter predatório de sua colheita, não deixando sementes no solo para reposição das árvores existentes. "Se o processo continuar, não haverá substituição das atuais árvores", alerta Cunha.

Símbolo de Minas

A expectativa do professor José Cunha Fernandes é que ao longo dos próximos anos a pesquisa possa obter mais informações a respeito da espécie, que é considerada símbolo do Estado de Minas Gerais. 

A Lei Estadual nº 10.883 de 02 de outubro de 1992 declara o pequizeiro de preservação permanente, de interesse comum e imune de corte, no estado de Minas Gerais. De acordo com a Lei, o abate do pequizeiro só é permitido mediante autorização prévia do IEF quando necessário à execução de obras, de planos, de atividades ou de projetos de utilidade pública ou de relevante interesse social.

13/09/2007
Fonte: Ascom/Sisema

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