IEF adere ao Pacto pela Restauração da Mata Atlântica

Sex, 06 de Dezembro de 2019 19:16

Imprimir

Foto: Edwaldo Cabidelli

MALARD IEF DENTRO

O diretor do IEF assinou o Pacto pela Restauração da Mata Atlântica que tem como meta promover a recomposição de mais 1 milhão de hectares de mata nativa até 2025

 

O diretor-geral do Instituto Estadual de Florestas (IEF), Antônio Malard, assinou nesta sexta-feira (6/12) Termo de Adesão que oficializa a participação do Instituto no Pacto pela Restauração da Mata Atlântica. A assinatura ocorreu em Belo Horizonte durante solenidade de comemoração pelos 10 anos do projeto, que articula cerca de 300 entidades, entre instituições públicas, privadas, comunidade científica e proprietários rurais na promoção de ações de restauração e conservação do bioma, presente em 17 estados brasileiros.

 

O Pacto pela Restauração da Mata Atlântica constitui uma iniciativa de caráter coletivo, com duração indeterminada, envolvendo diversos segmentos da sociedade comprometidos com a restauração da Mata Atlântica, sendo o maior esforço coletivo para restauração de um bioma na América Latina.

 

Desde sua fundação em 2009, o movimento foi responsável pela recuperação de quase 800 mil hectares de floresta atlântica e mantém como meta promover a recomposição de mais 1 milhão de hectares de mata nativa até 2025. O objetivo vai de encontro à meta definida pelo Governo de Minas em seu Plano Mineiro de Desenvolvimento Integrado (PMDI), no qual foi definido como um de seus indicadores o aumento de 15% da cobertura vegetal nativa presente no Estado, em relação à quantidade perdida, até 2030.

 

Durante o evento, o diretor-geral do IEF lembrou que Minas Gerais é o estado brasileiro com maior cobertura nativa de Mata Atlântica, somando 500 mil hectares preservados. “Esta parceria vai de encontro com as metas de recuperação e preservação de vegetação nativa já desenvolvidas pelo IEF no Estado, possibilitando uma articulação ainda maior do órgão em âmbito nacional, tendo em vista que o Pacto mantém atividades em todo o país”, ressaltou.

 

Malard destacou ainda que o Projeto de Recomposição de Áreas Degradadas (PRAD), previsto pelo Programa de Regularização Ambiental (PRA) deverá contribuir de forma efetiva para o alcance das metas estabelecidas pelo movimento. O PRA é desenvolvido pelo IEF em Minas Gerais, em conformidade ao Decreto Federal 7890/2012, e consiste em um conjunto de ações ou iniciativas a serem desenvolvidas por proprietários rurais visando a adequação e regularização ambiental de suas propriedades, com fomento à recuperação de mata nativa. O programa encontra-se atualmente em fase final de regulamentação no Estado.

Para Thiago Metzker, diretor do Instituto Bem Ambiental (Ibam), unidade regional do Pacto pela Restauração da Mata Atlântica em Minas Gerais, a adesão do IEF ao movimento é uma de suas maiores conquistas nestes 10 anos de atuação. “O IEF será o primeiro órgão estadual voltado à conservação de florestas a se tornar signatário do Pacto no país, fazendo com que Minas Gerais esteja na vanguarda da conservação ambiental e recuperação de vegetação nativa”, afirmou.

 

O diretor do Ibam explicou ainda que o IEF deverá atuar em toda a agenda de restauração proposta pelo Pacto em Minas Gerais, que consiste no mapeamento dos fragmentos de Mata Atlântica no Estado, a criação de corredores ecológicos e a identificação de áreas prioritárias para preservação. “Em todos esses projetos, já temos um outro signatário do Pacto trabalhando junto ao IEF. A partir da adesão oficial do Instituto ao movimento poderemos desenvolver uma agenda conjunta de ações”, disse.

 

Década da Restauração de Ecossistemas

 

Metzker lembrou também que as ações e iniciativas promovidas pelo Pacto pela Restauração da Mata Atlântica estão alinhadas às mais recentes diretrizes de conservação e recuperação ambiental propostas pela Organização das Nações Unidas (ONU). Durante Assembleia Geral realizada em março desse ano, a ONU declarou o período 2021-2030 como a Década da Restauração de Ecossistemas, visando intensificar a restauração de biomas degradados e destruídos como uma medida comprovada para combater a crise climática e melhorar a segurança alimentar, o fornecimento de água e a biodiversidade.

 

“É um momento de importância estratégica muito grande, porque marca o vínculo com as agendas internacionais, como os compromissos climáticos do Acordo de Paris, que têm uma ligação estreita com os processos de restauração, principalmente do bioma Mata Atlântica. A participação do IEF no Pacto demonstra o compromisso do poder público estadual com uma agenda internacional e contemporânea de gestão ambiental”, comenta Thiago Metzker.

 

Edwaldo Cabidelli

Ascom/Sisema