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Instituto Estadual de Florestas - IEF

IEF mobiliza equipes de parques no combate a atropelamentos de animais silvestres

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Foto: Sisema/Divulgação
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Equipes alertaram motoristas durante blitzes realizadas nas estradas

 

Equipes de pelo menos oito unidades de conservação administradas  pelo Instituto Estadual de Florestas de Minas Gerais (IEF/MG) participaram do Dia Nacional de Urubuzar, ação que acontece em todo o país e busca sensibilizar a população brasileira para os atropelamentos de animais da fauna silvestre. Desde a última quarta-feira, 13/11, blitzes ambientais foram realizadas para alertar as pessoas para esse problema, que segundo o professor Alex Bager, do Departamento de Biologia da Universidade Federal de Lavras (Ufla), mata 475 milhões de animais silvestres, todos os anos, no Brasil.

 

Grande parte desses animais  que são atropelados é de pequeno porte. O número de animais acidentados de grande porte chega a cerca de 3 milhões por ano, de acordo com o professor. Ele é o idealizador do Sistema Urubu, um aplicativo que até esse ano funcionou com a única funcionalidade de registrar os atropelamentos e, com isso, mapear os locais de maior incidência desses acidentes. Agora, o programa migrou para um novo app, o U-Safe, que também terá disponível nos próximos dias a função de oferecer ao usuário a informação dos pontos em rodovias mais perigosos para o risco de atropelamentos.

 

Em Minas, a mobilização teve o objetivo de alertar sobre os perigos, os motoristas em rodovias localizadas nas proximidades dessas áreas. Na quarta-feira, equipes de quatro unidades de conservação e da Polícia Militar do Meio Ambiente fizeram uma blitz educativa na MG-401, em Matias Cardoso, próximo ao porto da balsa do Rio São Francisco. Os servidores do IEF envolvidos no trabalho estão vinculados aos parques estaduais Lagoa do Cajueiro e Verde Grande, Área de Proteção Ambiental (APA) do Lajedão e Reserva Biológica do Jaíba.

 

Pela proximidade das quatro áreas de conservação, o trânsito de animais silvestres de uma para outra é muito grande, segundo a coordenadora regional de Unidades de Conservação do Alto Médio São Francisco do IEF, Laíssa de Araújo Viana. "A ideia é minimizar os impactos e conscientizar as pessoas sobre a importância da fauna. Durante a blitz, os motoristas receberam dicas para ficarem mais atentos, reduzirem a velocidade nas estradas", afirma a gestora.

 

BLITZES NO NORTE DE MINAS

 

Na última quinta-feira, o local da blitz foi a Serra das Araras, distrito de Chapada Gaúcha, também no Norte de Minas. Os condutores foram abordados na MG-479, rodovia que divide o Parque Estadual Serra das Araras e a Reserva de Desenvolvimento Sustentável Veredas do Acari. Na sexta-feira, feriado de 15 de novembro, a mobilização aconteceu na Região Metropolitana de Belo Horizonte, com blitz no entorno do Parque Estadual da Serra do Rola Moça e da Estação Ecológica do Cercadinho.

 

Segundo o professor Alex Bager, da Ufla, que é idealizador do Sistema Urubu e do Dia Nacional de Urubuzar, a ideia da mobilização pela maior segurança dos animais surgiu com dois objetivos. "Um é gerar exatamente a sensibilização e mostrar o impacto que acontece com os acidentes e o segundo é mostrar que cada um dos usuários de rodovias pode ser um ator na redução desse problema usando o aplicativo", diz Bager.

 

SOBRE O APP

 

O app que já funcionava com o nome Sistema Urubu existia desde 2014, com a função de registrar os pontos de atropelamentos. Neste ano, ele foi totalmente remodelado e foi integrado a um novo app, o U-Safe, que já está disponível apenas na Google Play para o sistema operacional Android. "Agora, lançamos uma segunda funcionalidade, que é a questão de segurança viária. Transformamos todos os dados de atropelamento em anéis de proteção, em que as pessoas vão ser informadas de locais de risco para os atropelamentos de animais. Então temos uma parte do app que funciona para segurança viária e outra parte como uma rede social de conservação de biodiversidade", acrescenta o professor. Bager diz ainda que a intenção é aumentar cada vez mais a mobilização, ao ponto que essa agenda se torne uma política pública para proteção da fauna silvestre em Minas e em todo o Brasil

 

Guilherme Paranaíba

Ascom/Sisema

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