Ir para o menu| Ir para Conteúdo| Acessibilidade Alternar Contraste | Maior Constraste| Menor Contraste

Instituto Estadual de Florestas - IEF

APA Sul reforça rede de prevenção de incêndios

PDFImprimirE-mail

Foto: Divulgação IEF

Oho no Fogo-APASul-dentro

Brigadistas da equipe da APA Sul e Corpo de Bombeiros integram a rede de parceiros do projeto Olho no Fogo. 

 

A Área de Proteção Ambiental Sul da Região Metropolitana de Belo Horizonte (APA Sul RMBH) reforçou as ações para diminuir o tempo de resposta aos focos de incêndios florestais identificados tanto nos limites da área de proteção, quanto em seu entorno. Por meio do projeto Olho no Fogo, a equipe da unidade de conservação intensificou a comunicação em rede para otimizar e ampliar a estrutura de prevenção e combate a incêndios na região de abrangência da reserva ambiental.

 

Entre 2016 e 2018, as ações do projeto Olho no Fogo geraram uma diminuição de quase 10% da área atingida por queimadas na APA Sul, diminuindo de 743, 29 hectares em 2016, para 691,97 hectares em 2018.  O trabalho ocorre em rede, por meio de parcerias com empresas, instituições públicas e comunidade local, e tem enorme importância no atual momento, considerado crítico para a ocorrência das queimadas.

 

Criado em 2017, o projeto estabelece uma extensa rede de proteção com uso de aplicativos de mensagens e outras tecnologias para comunicação imediata das ocorrências. De acordo com o coordenador da APA Sul, Cláudio Costa, o projeto mantém atualmente seis grupos em atividade que atuam como uma rede de monitoramento, acompanhando o surgimento de focos de incêndio e informando os órgãos responsáveis para que as ações mitigadoras sejam realizadas no menor tempo possível e com maior eficiência.

 

“Por meio dos aplicativos de mensagens e demais formas de contato, conseguimos estabelecer uma rede de comunicação contínua capaz de identificar e conter focos de incêndio florestal ainda em seu início”, explicou Cláudio.

 

Além da APA Sul, os grupos atuam na região do Condomínio Alphaville, Jardim Petrópolis, próximo aos municípios de Macacos e Nova Lima; no Parque Nacional Gandarela, nos municípios de Rio Acima, Nova Lima, Raposos e Itabirito; na Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Santuário do Caraça, nos municípios de Santa Bárbara, Barão de Cocais e Catas Altas e nos córregos do Feijão e das Almas, em Brumadinho. São realizadas reuniões bimestrais com cada um dos grupos para discussão e alinhamento de ações.

 

O coordenador da APA Sul explica ainda que o projeto surgiu a partir da necessidade de se estabelecer uma estrutura de proteção também em áreas que não contavam com uma cobertura preventiva contra incêndios. “Em 2017, identifiquei que muitas ocorrências eram registradas em áreas neutras, ou seja, sem um proprietário imediato, como margens de rodovias, por exemplo. Aquele foco de incêndio que aparentemente não tinha dono, despretensioso no início, quando ganhava grandes proporções, invadindo outras áreas, despendia grandes custos de combate, com aeronaves, brigadas, alimentação entre outras ações. Por isso, criamos o projeto. Para que estes focos pontuais não se transformem em grandes incêndios” disse.

 

O projeto “Olho no Fogo” conta atualmente com uma extensa rede de parceiros. Entre eles, o Parque Estadual Serra do Rola Moça, o Corpo de Bombeiros Militar (CBMMG), a Polícia Militar de Meio Ambiente, as empresas Vale S.A e AngloGold Ashanti, a brigada voluntária da Associação Mineira de Defesa do Ambiente (Amda), além de condomínios, pousadas, hotéis e moradores da região. 

 

APA Sul RMBH

 

Formada pelos municípios de Belo Horizonte, Ibirité, Brumadinho, Nova Lima, Caeté, Itabirito, Raposos, Rio Acima e Santa Barbara, a APA Sul RMBH foi estabelecida pelo Decreto Estadual 35.624, de 8 de junho de 1994. Nela, estão presentes duas grandes bacias hidrográficas, a do Rio São Francisco e a do Rio Doce, que respondem pelo abastecimento de aproximadamente 70% da população da capital mineira e 50% da população da região metropolitana.

 

Com uma área de 164 mil há, a unidade de conservação possui uma das maiores extensões de cobertura vegetal nativa contínua do Estado, abrangendo regiões conhecidas como Caraça e Gandarela. Ocorrem aí as matas úmidas de fundos de vales e as matas de altitude e grandes formações rochosas. Estas características determinam inestimável valor em termos de biodiversidade.

 

Edwaldo Cabidelli

Ascom/Sisema

IEF|

Rodovia João Paulo II, 4143, Bairro Serra Verde - CEP 31630-900
Todos os direitos reservados - Aspectos legais e responsabilidades