Conselho do Mosaico Sertão Veredas Peruaçu discute projetos para as UCs

Qui, 18 de Julho de 2019 14:40

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Foto: Divulgação IEF

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Ações desenvolvidas no conjunto de áreas protegidas que fazem parte do Mosaico Sertão Veredas do Peruaçu foram discutidas em reunião

 

Nos dias 10 e 11 de julho, o Conselho Consultivo do Mosaico Sertão Veredas Peruaçu, se reuniu na Câmara municipal de Chapada Gaúcha, para apresentar e discutir projetos que envolvem o conjunto de áreas protegidas localizadas no alcance do Mosaico. O Mosaico Sertão Veredas Peruaçu é um conjunto de áreas protegidas localizadas à margem esquerda do Rio São Francisco, entre as regiões norte e noroeste de Minas Gerais e parte sudoeste da Bahia.

 

Entre as unidades de conservação estaduais, geridas pelo Instituto Estaduais de Florestas (IEF), que compõem o Mosaico, estão: os parques Veredas do Peruaçu, Verde Grande, Serra das Araras, Lagoa do Cajueiro, Mata Seca e Sagarana; as reservas biológicas de Jaíba e Serra Azul; as Áreas de Proteção Ambiental Serra do Sabonetal, Cochá e Gibão, Lajedão e Rio Pandeiros, a Reserva de Desenvolvimento Sustentável Veredas do Acarí e o Refúgio de Vida Silvestre do Rio Pandeiros.

 

Na quarta-feira, foi apresentada aos conselheiros a revisão do Plano de Desenvolvimento de Base Conservacionista (DTBC) do Mosaico no Núcleo Sertão Veredas, em Chapada Gaúcha. O Plano, construído em 2008 de forma amplamente participativa e com propostas de ações bastante realistas, visa o desenvolvimento sustentável do território do Mosaico. Merecem destaque as propostas relacionadas às atividades de extrativismo sustentável de produtos do cerrado, o turismo eco cultural de base comunitária e a gestão integrada das Unidades de Conservação. 

 

Em 2018, a Fundação Pró-Natureza (Funatura) iniciou, com o apoio do Fundo de Parcerias para os Ecossistemas Críticos (CEPF), a revisão do Plano DTBC, com a criação de grupos de trabalho sobre temas específicos para debate dos assuntos e revisão do Plano. Os grupos se dividem em: Gestão Integrada de UCs/APs; Turismo de Base Comunitária; Extrativismo Vegetal Sustentável; Agroecologia; Iniciativa privada com foco na Sustentabilidade do Agronegócio; Água; Zoneamento Socioambiental e Fundo do Mosaico.

O Plano ainda será apresentado nos Núcleos Pandeiros e Peruaçu do Mosaico, com reuniões previstas para Januária e Manga. Os núcleos são divisões geográficas do Mosaico, que visam facilitar a gestão em nível local, a implementação de projetos, a fiscalização no território, além de orientar a experiência do visitante.

 

No encontro de quinta, foram apresentados o projeto de Integração Lavoura Pecuária, desenvolvido no território do Mosaico; a proposta de projeto do Núcleo do Pequi; e as próximas ações do Projeto de Gestão Integrada de UC’s e demais Áreas Protegidas do Mosaico (WWF Brasil/CEPF).

 

O gerente do Refúgio de Vida Silvestre do Rio Pandeiros, Neilton Viana Neves, falou sobre as ações apresentadas na quinta-feira. “Os projetos mostraram caminhos de avanço na preservação de recursos naturais e práticas sustentáveis para a melhoria da gestão nas Unidades de Conservação que compõem o Mosaico”, disse.

 

O MOSAICO SERTÃO VEREDAS PERUAÇU

 

O Mosaico Sertão Veredas Peruaçu possui uma área de 1.783.799 hectares e perímetro de 1.210 km e envolve unidades de conservação ambiental, comunidades tradicionais e a Terra Indígena Xakriabá. Em Minas Gerais, engloba áreas dos municípios de Formoso, Arinos, Chapada Gaúcha, Urucuia, Cônego Marinho, Januária, Itacarambi, Bonito de Minas, São João das Missões, Miravânia e Manga. Atravessado pelo Rio Carinhanha, o território se estende até parte do município de Cocos, na Bahia.

 

A criação do Mosaico Sertão Veredas Peruaçu, reconhecido pelo Ministério do Meio Ambiente em 2009, busca conciliar a proteção da biodiversidade à valorização cultural e social das comunidades, em uma proposta de gestão integrada e participativa do território. Para isso, o Mosaico é regido por um Conselho Consultivo, composto por representantes das unidades de conservação, do poder público e lideranças locais.


Lucas Nicácio
Ascom/Sisema