Foto: Evandro Rodney
Estudos apontam a presença de mais de 40 famílias de aves, algumas ameaçadas de extinção presentes na UC
O Parque Estadual de Paracatu tem novos conselheiros à frente de seu conselho consultivo. A unidade de conservação gerenciada pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF) empossou os 16 membros nessa terça-feira, 14 de maio, na sede do parque, no município de Paracatu, na Região Noroeste de Minas. O grupo vai atuar no biênio 2019-2021.
A gerente da Unidade de Conservação, Júnia Mesquita Miranda, abriu a cerimônia de posse e também conduziu a reunião, realizada em seguida. Na oportunidade, ela convidou o coordenador de áreas protegidas da Unidade Regional de Biodiversidade (URFBio) do Noroeste, Paulo Sérgio Cardoso Vale, e o supervisor da Unidade Regional, Marcos Roberto Batista Guimarães, para darem posse aos conselheiros.
Júnia Mesquita ressaltou que o conselho é muito técnico e formado por profissionais ligados a área de meio ambiente, engenheiros, biólogos entre outros. Ela destacou que “eles são muito participativos e conhecedores da região e acompanham de perto os trabalhos desenvolvidos na unidade, como por exemplo, os de educação ambiental”. A participação é por meio de parcerias entre os conselhos e a unidade de conservação.
O novo conselho é composto por representantes da Prefeitura Municipal de Paracatu, Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater), Polícia Militar de Meio Ambiente de Minas Gerais (PMMG), Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG) Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio Paracatu, organizações não governamentais (ONGs), ambientalistas atuantes na área da unidade de conservação ou em seu entorno, Associação dos Municípios da Micro Região do Noroeste de Minas, além de representantes das iniciativas pública e privada.
Parque Estadual de Paracatu
A unidade de conservação localizada no município de Paracatu, com o mesmo nome, devido ao principal rio do município foi criada pelo Decreto Estadual nº 45.567/2011, com a área de 6.400,3442 ha.
A área do parque compreende as microbacias do Ribeirão Santa Izabel e Córrego do Espalha. Há também o Rio São Marcos, divisor interestadual com o município Goiano de Cristalina que deságua juntamente com seus afluentes na Bacia do Prata.
O cerrado é a principal formação vegetal da área com consideráveis tipos, desde campos até cerradões. Em Paracatu, as estações são distintas. A úmida, que corresponde ao verão, e a seca, no inverno. A umidade relativa média anual chega a 71,6% e coeficiente de variação da precipitação anual 37,1%.
Estudos apontam a presença de mais de 40 famílias de aves, algumas ameaçadas de extinção, como a ema e a arara-canindé. A região é habitada, ainda, por mamíferos como o gambá-orelha-branca, mão-pelada, anta, capivara, lobo-guará e tamanduá-mirim, além do sapo endêmico Ischnocnema Pena Xavantinho.
Ângela Almeida
Ascom/Sisema
