Parque Estadual do Rio Preto ganha calçamento novo

Sex, 15 de Março de 2019 14:01

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Foto: Divulgação IEF

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A obra de calçamento garante ainda mais conforto aos turistas

 

 

Visitar uma das mais exuberantes unidades de conservação de Minas Gerais, o Parque Estadual do Rio Preto, ficou ainda mais fácil. Na reserva ambiental, localizada a 70 km de Diamantina, no Vale do Jequitinhonha, a estrada de acesso, que antes era de terra, está sendo pavimentada com bloquetes, em cerca de um quilômetro. O trabalho está sendo desenvolvido por um grupo de aproximadamente 20 funcionários do parque, que se dedicam à atividade em dias e horários alternados para garantir ainda mais conforto aos visitantes. 

 

A iniciativa está sob coordenação do gerente da unidade, Antônio Augusto, que juntamente como o secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Germano Viera, conseguiu a doação dos bloquetes. A Associação Mineira de Defesa do Meio Ambiente (Amda) também é parceria da iniciativa que, segundo a superintendente executiva da entidade, Dalce Ricas, “é um exemplo de dedicação, parceria, dinamismo e proatividade dos gestores públicos”. A previsão é que o trabalho seja concluído até o final do ano.

 

O Parque Estadual do Rio Preto possui uma das mais completas infraestruturas em unidades de conservação de Minas Gerais, que inclui portaria, estacionamento e restaurante, além de sinalização e trilhas. O centro de visitantes possui um auditório para 70 pessoas, duas salas de reunião para 30 pessoas, cada, e uma sala para exposições. Os 12 alojamentos podem abrigar até 52 pessoas e a área de camping, que comporta até 25 barracas, possui quiosques, churrasqueiras, lavatório de vasilhames, vestiários e fonte de água potável.

 

A cada mês, a unidade de conservação, que tem área total superior a 12 mil hectares, recebe uma média de 600 visitantes. “O parque tem uma infraestrutura e um patrimônio natural riquíssimos, que serão ainda mais valorizados por esta ação. Além de melhorar o acesso ao parque, o calçamento trará ganhos ambientais, pois estabiliza o piso da estrada, evitando que a terra e o cascalho sejam carreados para dentro do Rio Preto, o que causaria o assoreamento”, afirmou o gerente.

 

Sobre o Parque Estadual do Rio Preto

 

O Parque Estadual do Rio Preto está localizado no município de São Gonçalo do Rio Preto e inserido no complexo da Serra do Espinhaço. Possui um relevo acidentado, repleto de rochas de quartzo que formam belíssimos painéis. A unidade de conservação abriga diversas nascentes, dentre as quais se destaca a do Rio Preto, um dos mais importantes afluentes do Rio Araçuaí, por sua vez afluente do Rio Jequitinhonha. Os recursos hídricos privilegiados favorecem a formação de cachoeiras, piscinas naturais, corredeiras, sumidouros, cânions e praias fluviais com areias brancas.
 
Entre os atrativos turísticos, destacam-se as cachoeiras do Crioulo e da Sempre Viva, as pinturas rupestres e os mirantes naturais que permitem aos visitantes observar toda a área da Unidade e do entorno. A cobertura vegetal do parque é composta, na maior parte, por cerrado e campos de altitude. São inúmeras as espécies vegetais existentes na área, com destaque para o monjolo, pau pereira, candeia, sucupira, pau d’óleo, peroba, ipê, araticum, carvalho e várias espécies de sempre-vivas.
 
A fauna é igualmente rica, com a presença de diversas espécies ameaçadas de extinção como o lobo-guará, o tamanduá-bandeira, o tatu canastra e a jaguatirica.
 
HISTÓRIA


Em 1991, o Rio Preto foi declarado Rio de Preservação Permanente, atendendo ao grande interesse da comunidade de São Gonçalo do Rio Preto. Esta ação culminou na necessidade de proteger sua nascente.

 

Em 1 de junho de 1994, foi publicado o Decreto nº 35.611 que criou oficialmente o Parque Estadual do Rio Preto, originalmente com 10.755 hectares. A abertura da unidade à visitação ocorrer em 2002. Em 2005, com o Decreto nº 44.175, de 20 de dezembro, a área do Parque foi ampliada.

 

A unidade de conservação reúne as terras das antigas fazendas Boleiras, Alecrim e Curral. Nessas fazendas eram exploradas atividades de pecuária de corte, extração de sempre-vivas, garimpo e coleta de frutos silvestres. A história da unidade de conservação está ligada às lendas e mitos dessa antiga área de mineração. Na área, segundo relatos, se escondiam escravos fugidos que conheciam bem suas matas e serras.

 

O Parque Estadual do Rio Preto foi o primeiro a receber o marco de referência da Estrada Real, que vai de Parati (RJ) até Diamantina.

 

Visitação


Os alojamentos e a área de camping devem ser reservados com antecedência junto à administração do parque.
Visitação: de terça a domingo, das 7h às 17h
Telefone: 38-99976-5621
 
Como chegar


A partir de Belo Horizonte, seguir a BR–040 no sentido de Brasília e, depois, acessar a BR–259 até Curvelo. Daí, seguir pela BR–367, sentido Diamantina. Após a cidade de Couto Magalhães, entrar na MG–214 até São Gonçalo do Rio Preto. De São Gonçalo até a portaria do parque são 14 Km de estrada de terra batida e bem sinalizada.

 

Ascom/Sisema