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Instituto Estadual de Florestas - IEF

Análise técnica comprova que lama de barragem não contém resíduos tóxicos

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O Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) confirmou, nesta sexta-feira (12/01), que não existe componente químico tóxico nos rejeitos da barragem rompida da mineradora Rio Pomba Cataguases, após análise da água dos rios Muriaé e Fubá, no território de Minas Gerais.

Apesar disto, como o abastecimento de água nas cidades do Rio de Janeiro fica comprometida devido a turbidez do rio Muriaé, a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) assegurou que o Governo de Minas fornecerá toda a água potável necessária para os municípios fluminenses atingidos.

Segundo o presidente do Igam,  Paulo Teodoro de Carvalho, após o acidente do ano passado, na mesma barragem, foram realizadas diversas análises da água em três estações de monitoramento do lado mineiro do rio Muriaé e em nenhuma delas houve detecção de metais pesados. Uma das estações está localizada na junção do Rio Fubá com o Samambaia, quando formam o Muriaé, a segunda após o município de Muriaé e a terceira, em Patrocínio de Muriaé, na divisa dos estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro. 

“Não existe resíduos tóxicos na lama que escorre da barragem. O que resulta de deputação da bauxita é uma lama formada por argila e água. Nós monitoramos durante três meses após o acidente de março do ano passado e, até junho, fizemos análise da possibilidade de ocorrência de contaminantes tóxicos e não encontramos a presença de resíduos. Podemos afirmar que todas essas análises e o monitoramento que ainda a empresa é obrigada a fazer e nos submeter, não há presença de material tóxico procedente da mineração. Se houver qualquer resíduo tóxico acima dos índices legalmente estabelecidos a partir de cidades fluminenses não teve origem no território mineiro”, afirmou Paulo Teodoro. 

Monitoramentos da qualidade da água continuam sendo realizados. Ainda nesta sexta-feira, técnicos do Igam e da Fundação Centro Tecnológica de Minas Gerais (Cetec) coletaram, amostras de água para nova análise toxilógica nos rios Fubá e Muriaé. O resultado será concluído dentro de 15 dias. A água foi coletada em pontos estratégicos da bacia hidrográfica nos municípios de Mirai, Muriaé e Patrocínio de Muriaé. 

Qualidade da água

O Igam divulgou nesta quinta-feira, o resultado das analises da água realizadas ontem em três pontos do rio Muriae: um logo após o recebimento do rio Fubá, e nos municípios de Lajes de Muriaé e Itaperuna no Estado do Rio Janeiro. 

Os resultados indicam alto índice de turbidez na água, ou seja, grande quantidade de areia e argila, entre outros sedimentos, misturados e não dissolvidos na água. No trecho logo após a foz do rio Fubá, o índice de turbidez indicava ontem 71.000 UNT (unidade que mede partículas sólidas na água). Em Lajes de Muriaé (Rio de Janeiro), antes da chegada da mancha de lama, o índice de turbidez era de 833 UNT e em Itaperuna, 800 UNT. O padrão estabelecido pela Resolução do Conselho Nacional de Meio Ambiente - Conama 357/05 não deve ultrapassar 100 UNT em rios do porte do Rio Muriaé. 

“Foi um índice muito difícil de ser medido, pois a amostra teve que ser diluída 1.000 vezes para se chegar a esse índice. Na região do Rio de Janeiro, que era a nossa preocupação, nós começamos a medir, antes da chegada da mancha. Ontem, em Itaperuna, nós obtivemos 800 unidades para o máximo permitido de 100.  E hoje, para surpresa nossa, na primeira medição que nós fizemos hoje, ela passou para 600. É sinal que a diluição que está havendo, pelas intensas chuvas que estão caindo, estão nos favorecendo em relação à qualidade da água”, explicou Paulo Teodoro.  

Abastecimento garantido

Segundo Teodoro, a estação de Lajes do Muriaé, por exemplo, que é o primeiro município afetado no Estado do Rio, tem capacidade de tratar até 1.100 UNT. Apesar de o levantamento estar abaixo de 1.100 UNT, o Igam recomendou a suspensão da captação de água do município. Nesta sexta-feira, o presidente da Copasa, Márcio Nunes, em reunião com o presidente da Companhia de Águas e Esgoto do Rio de Janeiro (Cedae), Wagner Victer, assegurou que o Governo de Minas fornecerá toda a água necessária para os municípios até a regularização da capacitação no rio Muriaé, atingido pelo rompimento de barragem.

O abastecimento, nesse momento, está sendo feito por carro-pipa. A Copasa disponibilizou 38 caminhões para o município de Lajes do Muriáe e mais 140 mil copinhos de água mineral. A água para consumo humano está sendo captada em Eugenópolis e Patrocínio de Muriaé, cidades operadas pela Copasa.

 

Fonte: Feam/Secom

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