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Instituto Estadual de Florestas - IEF

Romarias ecológicas marcam aniversário do Parque Estadual do rio Doce

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As romarias ecológicas que marcaram o 72º aniversário do Parque Estadual do Rio Doce, no dia 16 de julho, além de celebrar a natureza, são uma forma preservar a tradição. Os participantes que saem dos municípios de Marliéria, Dionísio e Timóteo carregam consigo as características de cada um desses locais e sua ligação com a unidade de conservação.

 

A grande presença de idosos é uma demonstração de que a defesa das matas do parque é anterior à criação do Parque, em 1944. Emílio Quintão, de 83 anos, é uma das pessoas que nasceu na região, em Marliéria, sempre viveu e trabalhou na região do entorno do Parque. “Fico irritado quando ouço falar de maus tratos aos animais daqui”, afirma. Acompanhado da esposa Zélia Araújo, ele comemorou 57 anos de casado na Romaria.

 
Crédito: Evandro Rodney
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Cavaleiros partem de Marliéria as 6 horas da manhã em direção ao Parque

 

Já Raimundo Quintão trabalhou no Parque, que é administrado pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF), de 1969 a 98 e ainda frequenta a unidade de conservação. “No início, só tinha o posto da Polícia Florestal e as estradas eram só trilhas que tinham de ser percorridas a pé”, observa.  Natural de Dionísio, mas hoje morando em Timóteo, ele se lembra com orgulho de ter feito o alicerce dos alojamentos. “Venho à romaria todos os anos para celebrar essa maravilha da natureza”, ressalta.

 

Antônio Carlos Gonçalves participa da romaria desde o primeiro ano. Aos 60 anos, ele nasceu no distrito de Conceição, em Dionísio, e se considera um defensor do Parque, “É um absurdo que hoje em dia ainda existam caçadores”, afirma. Mesmo caso de José Pedro Alves, de 74 anos, morador de Marliéria, que começou a participar das celebrações do aniversário do Parque há três anos, mas sempre esteve ligado a ele. “Trabalhei na roça, na companhia das árvores minha vida toda”, observa.

 

Crédito: Evandro Rodney
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Cavaleiros chegam à Portaria do Parque para a solenidade em comemoração aos 72 anos de criação da unidade de conservação

 

A presidente da Associação dos Amigos do Parque, Jailma Soares, observa que uma das grandes virtudes das comemorações do aniversário da unidade de conservação é a integração entre as várias comunidades. “São pessoas, culturas e características que se reúnem em defesa da natureza, se conhecem melhor e passam a se frequentar”, afirma. Jailma é um exemplo dessa dedicação ao Parque do Rio Doce onde trabalhou por 12 anos e hoje se mantém ligada ao parque na associação.

 

Integração

 

Na solenidade, realizada no Parque, e após o encontro das romarias, o diretor de Unidades de Conservação do IEF, Henri Dubois Collet, reafirmou a importância da integração da unidade de conservação com as comunidades. “O Parque está aberto para todos e deve ser visitado”, afirmou. “A infraestrutura existente aqui favorece a realização de eventos como a romaria, além de oferecer suporte para turismo, pesquisa, educação ambiental e toda a sorte de atividades ligadas à natureza”, completou.

 

Crédito: Evandro Rodney
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No meio do caminho, a tradicional parada na fazenda de Juca di Nelson para orações e o feijão tropeiro

 

Já o gerente do Parque, Vinícius de Assis Moreira, destacou que a proteção da unidade de conservação só é possível com o envolvimento de todos. “As mais de mil pessoas que estiveram na Romaria se juntam aos funcionários nessa tarefa, que é árdua, de zelar por essa que é a maior porção de Mata Atlântica existente em Minas Gerais”, destacou.

A 23ª Romaria Ecológica de Marliéria, a 15ª de Dionísio e a 13ª de Timóteo buscam resgatar os eventos que levaram à criação do Parque, após o Bispo de Mariana, Dom Helvécio Gomes de Oliveira que, na década de 1930, registrou no livro de tombos da arquidiocese de Mariana a área do Parque, com o objetivo de preservá-la.

 

Crédito: Evandro Rodney
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Padre Duile Castro celebra a missa que faz parte das homenagens ao aniversário do Parque Estadual do Rio Doce

 

O Parque Estadual do Rio Doce possui 36.970 hectares do bioma Mata Atlântica o que o faz ser reconhecido como Reserva da Biosfera pela UNESCO. Seu sistema lacustre composto por quarenta lagoas o inclui na Lista de Zonas Úmidas de Importância Internacional, a Lista Ramsar.  

 

Emerson Gomes
Ascom/Sisema

 

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