O XVIII Fórum Regional de Educação Ambiental – ForEA foi realizado, nos dias 19 e 20 de novembro, em Leopoldina, na Zona da Mata. O evento contou com o apoio e a coordenação do Instituto Estadual de Florestas (IEF), por meio do escritório Regional Mata e reuniu cerca de 350 participantes. Em dois dias de evento os participantes discutiram e trocaram experiências acerca do tema central: “Interatividade Socioambiental na Bacia do Pomba”.
Além do público adulto, o ForEA em Leopoldina contou, também, com a participação de 200 crianças, por meio do ForEA Mirim, evento paralelo realizado por uma equipe do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais.
O prefeito de Leopoldina, José Roberto Oliveira, ressaltou, durante a solenidade de abertura, que “já sentimos hoje os efeitos da interferência humana no meio ambiente, vivemos uma crise hídrica, além do aumento na temperatura. O ForEA é um espaço oportuno para discutirmos as questões ambientais locais”.
“Começamos o ForEA em 2006, despretensiosamente e, quase uma década depois, ele tomou grandes proporções, e tem sido um ambiente importantíssimo para se debater sobre Educação Ambiental”, destacou Betty Giovannoni, presidente da Comissão Interinstitucional de Educação Ambiental da Zona da Mata – CIEA ZM.
O promotor de meio ambiente de Leopoldina, Sérgio Soares da Silveira, chamou atenção para a necessidade de mudança nas atitudes. “Todos querem qualidade de vida e isso está diretamente ligado à preservação ambiental”, disse o promotor.
Representando o secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Sávio Souza Cruz, Alberto Félix Iasbik, superintendente regional de meio ambiente da Zona da Mata, falou da responsabilidade de cada indivíduo na proteção ambiental. “O atual secretário de Meio Ambiente reconhece e apóia o trabalho da Educação Ambiental no Estado. É importante termos a consciência que um meio ambiente saudável depende da atuação de todos, poder público e sociedade. Existem ótimos projetos sendo desenvolvidos e o ForEA é um espaço para conhecermos alguns desses novos trabalhos referentes à Educação Ambiental”, salientou Iasbik.
Após a solenidade de abertura houve uma reunião com lideranças locais para tratar sobre questões relacionadas ao meio ambiente na região. A reunião foi conduzida pelo superintendente Alberto Iasbik, a presidente da CIEA ZM Betty Giovannoni, o chefe do escritório regional do Instituto Estadual de Florestas (IEF), Luiz Henrique Ferraz de Miranda e o prefeito de Leopoldina. Na pauta foram tratados temas como aquecimento, educação ambiental nas escolas, crise hídrica, queimadas e apoio a produtores rurais.
O primeiro dia foi encerrado com um ciclo de palestras, que abordou os seguintes temas: Saneamento e Recursos Hídricos, proferida pelo professor José Luiz de Freitas Paixão, do Instituto Federal – IF do Sudeste de Minas, Campus Muriaé; Etapas da Coleta Seletiva e os Agentes Envolvidos, com o professor Ciro de Souza Vale, do IF de Juiz de Fora e Dengue, com o professor das escolas estaduais de Bom Jardim de Minas e Olaria, o biólogo, Bruno Ribeiro Bastos.
Oficinas, ForEA Mirim e encerramento
Tradicionalmente, o segundo dia do Fórum é voltado para a realização de oficinas, com foco no aperfeiçoamento de professores e gestores ambientais. Em Leopoldina foram oferecidas 15 oficinas, dentre elas, uma executada pelo chefe do Escritório Regional do IEF em Ubá, Luiz Henrique, que ensinou sobre a construção de barraginhas para captação de águas pluviais e outra sobre Elaboração de Projetos Hídricos, dada pelo coordenador do Núcleo do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) de Juiz de Fora, Eduardo Araújo.
Ana Lúcia de Oliveira, professora na Creche Municipal de Leopoldina, disse que “o ForEA é um trabalho de grande importância para o aperfeiçoamento do conhecimento sobre meio ambiente. É fundamental trabalhar a Educação Ambiental no ambiente escolar, os alunos aprendem e cobram em casa, trabalhando como multiplicadores”.
“Pretendo levar o aprendizado desses dois dias para a escola, para casa e para minha comunidade”, ressaltou a educadora Poliana Esteves Nunes, participante do evento.
A oficineira voluntária, Íris Meirelles, assim como todos os oficineiros do evento, diz que perdeu a conta de quantos ForEAs já participou dando oficinas. “O mais importante é levar as pessoas a uma reflexão sobre a Educação Ambiental e cuidados com o meio ambiente, que resulta em ações posteriores com os participantes protagonizando como multiplicadores”, explicou Íris.
Na Escola Municipal Botelho Reis foi realizado o ForEA Mirim, para 200 alunos da rede pública de ensino. Foi feita a apresentação do Teatro de Bonecos – Turma do Foguinho, um trabalho de Educação Ambiental executado pelo Corpo de Bombeiros de Minas Gerais.
Crédito: Divulgação IEF
Alunos da rede pública de ensino de Leopoldina assistiram a apresentação da Turma do Foguinho
Durante dois dias de trabalho ficou montada, na Escola Municipal Professora Maria da Conceição Monteiro Resende (Caic), a Feira de Municípios, com exposição de trabalhos e artesanatos dos municípios do Núcleo de Leopoldina.
Na reunião de encerramento, quando é elaborado o documento final do evento que relata as discussões dos dois dias de trabalho e propõe ações contínuas, ficou estabelecido que Leopoldina será mais uma vez sede do ForEA.
O último ForEA de 2015 será nos dias 2 e 3 de dezembro, em Juiz de Fora. Um evento tem uma expectativa de público de cerca de 500 pessoas.
Renata Fernandes
Ascom/Sisema
