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Instituto Estadual de Florestas - IEF

Oficina em Diamantina consolida propostas para conservação da biodiversidade no Alto Jequitinhonha

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A terceira oficina regional para elaboração do Plano Estadual de Proteção à Biodiversidade foi encerrada nesta quinta (25/10), em Diamantina, na região do Alto Jequitinhonha. Como resultado das discussões foi produzida uma matriz de planejamento que será incluída no documento final a ser elaborado pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF).


Cerca de 70 representantes de Organizações Não Governamentais (Ongs), universidades, sindicatos rurais, setor produtivo, instituições privadas, cooperativas, associações e comunidades tradicionais participaram da atividade na qual, ao longo de dois dias, foram levantadas as diretrizes e programas para conservação da biodiversidade na região do Alto Jequitinhonha.

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Durante dois dias, os participantes se dividiram em grupos que abordaram cinco temas

Os participantes foram divididos em cinco grupos de trabalho que abordaram os temas investigação científica, conservação, agrobiodiversidade e sociobiodiversidade. Também foram debatidas questões transversais como a educação ambiental, aspectos legais e impactos da atividade humana sobre a biodiversidade. Ao final, os participantes aprovaram o texto em plenária. O documento produzido na oficina será disponibilizado na segunda semana de novembro no site do IEF: www.ief.mg.gov.br 

O diretor geral do IEF, Marcos Afonso Ortiz Gomes, observa que as propostas e diretrizes elaboradas nas oficinas serão reunidas no documento final do Plano Estadual de Proteção à Biodiversidade, previsto para ser concluído no segundo semestre de 2013. “O documento final será submetido à aprovação dos integrantes do Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam) e do Conselho Estadual de Recursos Hídricos (CERH)”, explica.

No total, serão realizadas dez oficinas regionais até 2013. As duas primeiras aconteceram em Divinópolis e Caetanópolis e a próxima será realizada em Montes Claros, no Norte do Estado.

Avaliação

Para o representante da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Minas Gerais (Fetaemg), Eduardo Nascimento, o aspecto mais positivo da realização da oficina foi explicitar a realidade da biodiversidade regional. “O trabalho levou em conta a perspectiva da agricultura familiar e das comunidades tradicionais, além de buscar caracterizar os impactos negativos de algumas atividades”, disse.

A representante da tribo Pakararu, Benvina da Silva, destaca a esperança da sua comunidade na execução dos pontos discutidos. Acompanhada de outros sete indígenas de diferentes etnias que vieram da aldeia Apukaré, no município de Coronel Murta, ela afirma que a principal reivindicação é ter condições de sobreviver na região. “O que eu quero é ter como plantar minha horta”, ressalta.

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Benvida da Silva foi uma das representantes indígenas na oficina

O chefe regional Escritório do IEF no Alto Jequitinhonha, Sílvio Vilhena, avalia que a oficina conseguiu identificar e abordar a maior parte das atividades econômicas ligadas à biodiversidade na região. “A coleta de flores sempre vivas é uma atividade emblemática para a região por ser secular e tradicional”, pondera.

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O chefe regional do IEF no Alto Jequitinhonha, Sílvio Vilhena, destacou os esforços para identificar as pressões sobre a
biodiversidade local

Vilhena lembra que a retirada das sempre vivas é uma atividade basicamente extrativista e que deve ser realizada de forma responsável. “Um conceito que pode ser aplicado é o dos bosques modelo em que os próprios moradores da área se fiscalizam”, destaca. Os bosques, ou florestas, modelo são um conceito que surgiu no Canadá e que tem a finalidade de promover a conservação e a utilização sustentável dos recursos florestais, incentivando as comunidades locais a adotar práticas racionais. Atualmente, Minas possui dois bosques modelo: Pandeiros e Mata Atlântica.

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