As comunidades do entorno do Parque Estadual do Rio Doce, localizado na região do Vale do Aço, se reuniram no sábado, 14/07, para comemorar o aniversário de 68 anos da unidade de conservação. O parque é o mais antigo de Minas Gerais a abriga a maior área contínua de Mata Atlântica do Estado.
A 19º Romaria Ecológica de Marliéria e a 9ª Romaria Ecológica de Timóteo são o ponto alto das comemorações do aniversário do Parque que foi criado no dia 14 de julho de 1944. As celebrações tiveram início no dia sete de julho com apresentações e celebrações em diversas cidades vizinhas da unidade de conservação que está localizada nos municípios de Marliéria, Dionísio e Timóteo.
O trajeto percorrido desde Marliéria é o utilizado originalmente por Dom Helvécio Gomes de Oliveira, responsável pela criação do Parque. As cavalgadas se encontraram na estrada de acesso e seguiram juntas até a portaria da unidade de conservação, onde foi realizada a cerimônia que teve a participação de cerca de 1,5 mil pessoas.
Fotos: Evandro Rodney
Cavaleiros de todo o Vale do Aço participaram das comemorações do aniversário do Parque
Estadual do Rio Doce
Na solenidade, o gerente do Parque Estadual do Rio Doce, Vinícius de Assis Moreira, observou que as comunidades do entorno exercem papel fundamental no cotidiano da unidade de conservação. “A proteção do meio ambiente é um trabalho diário e tem de ser feito por todos”, afirma.
O diretor-geral do Instituto Estadual de Florestas (IEF), órgão que administra o Parque, Marcos Affonso Ortiz Gomes, destacou a parceria bem sucedida entre a instituição, que completou 50 anos em 2012, e a comunidade. “O Parque só está vivo pelo esforço conjunto dos moradores e dos funcionários exemplares que ao longo dos anos se dedicaram a proteção da natureza”, afirma.
Durante a solenidade, integrantes do Conselho Consultivo do Parque entregaram uma placa de homenagem ao padre Jean Marie Lemaire, da Diocese de Itabira, por sua atuação na proteção da biodiversidade. A moção de aplauso também foi dada ao ex-gerente da unidade de conservação, Marcus Vinícius de Freitas que, atualmente, se dedica ao Parque Estadual da Serra do Rola-Moça, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
O ex-gerente do Parque Estadual do Rio Doce, Marcus Vinícius de Freitas (centro), recebe
homenagem do seu sucessor, Vinícius Moreira (direita) e do diretor-geral do IEF, Marcos Ortiz
Biodiversidade
A Mata Atlântica é o bioma que predomina no Parque que abriga, ainda, 40 lagoas naturais, dentre as quais destaca-se a Lagoa Dom Helvécio, com 6,7 Km2 e profundidade de até 32,5 metros que abriga uma grande diversidade de peixes. Na unidade de conservação é possível encontrar espécies ameaçadas de extinção como a onça-pintada, o macuco e o mono-carvoeiro, maior primata das Américas.
O Parque Estadual do Rio Doce é uma das 112 unidades de conservação estaduais administradas pelo IEF, órgão que integra o Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema). Juntas, protegem a biodiversidade de cerca de três milhões de hectares.
