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Instituto Estadual de Florestas - IEF

Minas registra queda expressiva em incêndios florestas

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Dados divulgados pela gerência do Programa de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais (Previncêndio) do Instituto Estadual de Florestas (IEF) nesta quarta-feira (16), revelam resultados importantes das ações do Governo de Minas no combate às queimadas nas Unidades de Conservação (UCs) do Estado: de 2007 a 2009 o número de ocorrências registradas dentro das UCs caiu 70%. A área atingida pelas chamas, em hectares (ha), também reduziu em 88% nesse mesmo período.  

De acordo com balanço realizado pelos técnicos do Previncêndio, com base em análises de equipamentos que fazem o monitoramento via satélite das UCs mineiras, neste ano foram registrados apenas 44 incêndios florestais no interior dessas áreas de preservação contra 149 registrados em 2007 e 65 em 2008. Em relação aos hectares de mata destruídos pelas chamas, até o último dia 10, a área queimada foi de 2.416 ha enquanto em 2007 queimaram 20.214 ha e em 2008 11.295 ha. 

Para a gerente do Previncêndio, Cláudia Melo, a queda se deve ao investimento feito pelo Governo em equipamentos modernos e nas bases e sub-bases operacionais que dão apoio no combate aos incêndios, bem como na formação de brigadas voluntárias em todo o Estado. “Nesses últimos três anos, o Previncêndio recebeu aportes de cerca de R$ 25 milhões. E, neste ano, uma campanha de prevenção às queimadas foi ampliada em Minas a fim de alertar a população que mora no entorno das unidades de conservação sobre o uso consciente do fogo”, explica.  

Somente este ano, foram aplicados R$ 6 milhões na construção de uma sub-base em Viçosa, na Zona da Mata, prevista para ser inaugurada no início de 2010, na reforma da infraestrutura da sub-base de Januária, no Norte de Minas, no seguro e manutenção das aeronaves da força-tarefa, e nos cursos de brigada voluntária. “Formamos 2091 brigadistas voluntários, pessoas que desempenham papel importante no combate às queimadas. Muitos deles moram próximo à unidade e, com isso, são os primeiros a combater as chamas”, informa a gerente.  

Para ela, é essa ação que, em muitos casos, impede que o incêndio tome grandes proporções. Por serem moradores da comunidade local, eles levam a prática para o dia-a-dia, além de se tornarem multiplicadores da informação. 

Parque Estadual da Serra do Rola-Moça 

Exemplo do bom resultado é o Parque Estadual da Serra do Rola-Moça, localizado nos municípios de Belo Horizonte, Nova Lima, Ibirité e Brumadinho, Região Metropolitana da capital. Nessa unidade de conservação, apesar de o número de incêndios registrados ter crescido 20% em relação a 2007 e ter se mantido em comparação ao ano passado, a área interna queimada, em hectares, caiu 98% de 2007 para 2009.  

Para a coordenadora de brigadas do parque, Virgínia Soares Gusmão, a justificativa está na resposta mais rápida às ocorrências de incêndios florestais. “Temos brigadistas que trabalham 24 horas, em escala de plantão. Eles fazem rondas diárias, principalmente, nos pontos mais críticos. Ao primeiro sinal de fogo, além de já começarem o os procedimentos para debelá-lo, eles acionam os bombeiros para concluir o trabalho. Com isso, conseguimos diminuir de 20 para cinco minutos o início do combate às queimadas”, explica.  

Esses brigadistas fazem parte do Centro Integrado de Operações, inaugurado no parque em 2005, a fim detectar o menor foco de incêndio que possa ocorrer na unidade e seu entorno e visando melhorar a capacidade operacional na prevenção e combate a incêndios.

O Centro funciona 24 horas e conta com o trabalho, em escala de rodízio, de aproximadamente 130 pessoas, entre elas guarda-parques, bombeiros e funcionários da Copasa. Eles usam rádios comunicadores para que, ao detectarem um foco de incêndio, solicitem reforço para combatê-lo. O Parque dispõe de duas caminhonetes equipadas com mil litros de água, seis motos, tanques de cinco e dez mil litros espalhados em pontos estratégicos, além de abafadores.  

Além dessa estrutura, duas câmeras que cobrem um ângulo de 360º estão instaladas em picos com mais de 1,3 mil metros de altura. Elas monitoram, dia e noite, os pontos mais suscetíveis a incêndios da área de preservação. Da sala de monitoramento, técnicos acionam o Centro Integrado de Operações no caso de ocorrências. 

Força Tarefa       

A Força-Tarefa Previncêndio foi criada em 2005 num esforço conjunto de diversos órgãos do Governo de Minas Gerais para aperfeiçoar o trabalho de combate a incêndios florestais no Estado. É a primeira do gênero na América Latina.

A Força tem como base o Aeroporto Municipal de Curvelo, escolhido por se localizar no centro geográfico do Estado, permitindo que as equipes cheguem a qualquer local de Minas Gerais em até duas horas. Em Januária e em Viçosa localizam-se as sub-bases do Previncêndio.
Na Base Operacional estão reunidos pessoal, equipamentos e infra-estrutura adequados para vigilância, monitoramento e combate a incêndios florestais no período crítico do ano (período seco), que normalmente vai de junho a novembro. 

Em Curvelo, a base conta com alojamento para 26 pessoas, sala multimeios e sala de monitoramento, adequada para receber a demanda de todo o Estado e distribuí-la. Para isso, um sistema de recepção de focos de calor via satélite e a central do telefone para informes de incêndios florestais funciona durante as 24 horas do dia. A base conta, ainda, com veículos adaptados para combate a incêndios como um caminhão especial para abastecimento de aviões com capacidade para 46 mil litros de combustível, três veículos para transporte de brigadistas e um furgão.  

É nessa base que pousam as aeronaves usadas pela Força-Tarefa no combate aos incêndios. São cinco helicópteros de apoios sendo um da Polícia Civil, um da Polícia Militar, um do Corpo de Bombeiros e dois do Instituto Estadual de Florestas (IEF). Nove aviões Air-Tractor, com capacidade para até três mil litros de água reforçam a frota bem como três aeronaves para monitoramento e uma para transporte de pessoal e equipamento.  

Em Januária, a sub-base do Norte de Minas, graças a um investimento de R$ 800 mil, está com a nova infraestrutura em fase de finalização. Na região estão localizadas 14 importantes Unidades de Conservação estaduais. Uma sala de monitoramento registra os focos de calor e dois veículos estão à disposição para transportar brigadistas e equipamentos no caso de incêndios.  

Já na região da Zona da Mata, o Governo de Minas investiu R$ 1,2 milhão para criar a sub-base de Viçosa. Localizada no aeroporto deste município, a unidade, que está prestes a ser inaugurada, vai atuar de forma eficaz no combate a incêndios nas unidades de conservação da região.

A Força Tarefa Previncêndio é coordenada pelo IEF em parceria com a Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros Militar, a Polícia Civil, a Coordenadoria de Defesa Civil,  a Prefeitura Municipal de Curvelo e Parceiros Privados. 

A equipe da Força Tarefa está de prontidão 24 horas por dia para atendimento às ocorrências e denúncias através do telefone 0800 28 32323. Durante o período de chuva, a base de Curvelo é utilizada como centro de treinamento para as equipes de brigadistas e de técnicos que atuam nesta área em Minas Gerais. 

Formação de brigadas voluntárias 

De janeiro a dezembro deste ano, o Previncêndio formou 2091 pessoas nos cursos de brigada voluntária, resgate, GPS e Técnica de Emprego de Aeronave de Combate a Incêndios Florestais (Teacif). O objetivo é capacitar guarda-parques e a população moradora do entorno das Unidades de Conservação (UCs) Estaduais a fim de que eles prestem os primeiros socorros à área atingida por queimadas.  

Os brigadistas voluntários têm papel importante no combate às queimadas. Muitos deles moram próximo à UC e, com isso, são os primeiros a combater as chamas. É essa ação que, em muitos casos, impede que o incêndio tome grandes proporções. Por serem moradores da comunidade local, eles levam a prática para o dia-a-dia, além de se tornarem multiplicadores da informação.  

Durante o treinamento, são passadas todas as técnicas que vão orientar os voluntários a combater os incêndios de forma consciente. Eles aprendem também a Técnica de Emprego de Aeronave de Combate a Incêndio (Teacif). Nesse curso são apresentadas aos voluntários todas as partes das aeronaves usadas no combate às chamas e as formas seguras de se aproximar delas.  

Os brigadistas são treinados para usar o GPS a fim de fazer a marcação da área queimada ou qualquer outro levantamento de área que seja necessário. O treinamento inclui, ainda, técnicas de resgate e socorro às vítimas em caso de acidentes.  

Os cursos são gratuitos, têm duração de três dias e são ministrados nas unidades de conservação. As turmas têm de 15 a 35 alunos e os interessados podem procurar a unidade de conservação mais próxima de sua comunidade ou entrar em contato com o IEF pelo email Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. .

Fonte: Ascom/ Sisema

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