Os Bosques Modelo (BM), também conhecidos como Florestas Modelo, são processos sociais, inclusivos e participativos que procuram o desenvolvimento sustentável de um território e, portanto, contribuem para alcançar objetivos globais de redução da pobreza, mudanças climáticas, luta contra a desertificação e metas de sustentabilidade.
Os princípios que orientam sua implementação são o associativismo, a gestão da paisagem, o compromisso com a sustentabilidade, a governança, o planejamento de médio e longo prazo e o intercâmbio de conhecimentos, construção de capacidades e trabalho em rede.
Esse conceito foi elaborado no Canadá na década de 1980 a fim de orientar a gestão de suas áreas protegidas e conseguir o envolvimento da população do entorno com a simultânea geração de renda para os atores locais. Em 1992, ele foi apresentado ao mundo na Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento das Nações Unidas, realizada no Rio de Janeiro.
A partir daí, foram criadas redes locais, nacionais e regionais para o intercâmbio de experiências relacionadas aos Bosques Modelo, o que propiciou a criação da Rede Iberoamericana, constituída por representantes de quinze países da América do Sul, dentre os quais o Brasil, da América Central e Caribe, além da Espanha.
A experiência mineira na implementação dos Bosques Modelo
Existem em Minas Gerais dois territórios reconhecidos pela Rede Iberoamericana de Bosques Modelo. O BM Mata Atlântica, desde 2004, está situado na maior parte da área de abrangência do bioma de mesmo no Estado alcançando cerca de 2,5 milhões de hectares, no qual estão localizados mais de 230 municípios.
Figura 1: Área de abrangência do Bosque Modelo Mata Atlântica
Figura 2: Área de Abrangência do Bosque Modelo Mosaico Sertão Veredas Peruaçu
Anuario 2010 a 2014 e 2017 - RIABM - Bosques Modelo de Iberoamerica (só MG)